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| Rua Dr. Pedro Medeiros parcialmente destruída pela enchente de 81 | 
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| Parede do Açude Público de Santa Cruz após a enchente | 
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| Funcionária de Campo Redondo que avisou à Santa Cruz do risco que a cidade correria | 
Em 1º de Abril de 1981, caíram fortes chuvas em toda região, sendo muito
 intensa a chuva caída em Campo Redondo e arredores, o que colaborou 
para desembocar no Rio Trairi, rio que corta toda a região e passa 
dentro de Santa Cruz. Com o forte volume de água, os barreiros e açudes 
foram enchendo e rompendo, caindo dentro de outros que também se 
romperam e fez grande volume d'água. O Açude de Santa Cruz, apesar de 
ter a parede alta, mas não tinha estrutura para suportar o volume e logo
 se rompeu também. Era a tragédia anunciada pela funcionária de Campo 
Redondo que de fato se presenciava. 
O cenário era desolador e centenas de famílias perderam total ou 
parcialmente suas casas; animais, objetos, tudo descia rio Trairí abaixo
 e assim a cidade vivia os piores momentos de sua história.
Mas, as autoridades não mediram esforços na reconstrução da cidade. O 
prefeito Dr. Hildebrando Teixeira,  o Monsenhor Raimundo Gomes Barbosa, o
 governador Lavoisier Maia, o Ministro Mário Andreazza e outras 
autoridades se empenhavam no apoio das famílias desabrigadas e já 
projetavam a construção do Conjunto Cônego Monte, que seria o novo local
 daqueles que perderam seu abrigo.
Santa Cruz aparecia no noticiário nacional e internacional e logo começa
 a aparecer doações de alimentos, de água, de móveis, de remédio para as
 pessoas desabrigadas, que não eram poucas. Infelizmente, em meio a 
tanta calamidade da época, houveram relatos de desvios de parte das 
doações por alguns políticos influentes e de outras autoridades da 
época.
Em 25 de junho de 1981, por meio de decreto, o Prefeito Hildebrando 
Teixeira oficializa o Conjunto Cônego Monte como o novo bairro de Santa 
Cruz-RN e reconhece o Paraíso como bairro também, pois até então o 
Paraíso não era oficialmente um bairro, apesar de já ter uma população 
bem expressiva.
Por José Lucicláudio Bezerra.
Com base em relatos de pessoas antigas e de livros e documentários da época.
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