
(Foto: Divulgação/Polícia Civil do RN)
A agricultora disse também que tudo começou na manhã da terça-feira (1º), quando foi visitar Maria Keliane, a mãe da bebê, pois havia tomado conhecimento que a mesma havia tido um neném. Ao chegou à casa, por volta das 6h30, Maria Eliane disse que foi bem recebida e que felicitou Keliane “pela linda criança que havia concebido” e em seguida deu banho na recém-nascida.
Ao voltar para casa, a agricultora recorda que levou as chaves da residência de Keliane por engano, tendo que retornar para devolvê-las. Foi quando perguntou se a mãe da criança precisava de ajuda. Maria Eliane disse que Keliane concordou e a chamou para passar a noite com ela, pois o marido iria dormir fora de casa.
saiba mais
Já na madrugada da quarta-feira, por volta das 3h, Maria Eliane afirma
que acordou com a bebê chorando e que foi ao quarto, onde encontrou a
mãe amamentando a criança. A agricultora recorda que ficou conversando
com Keliane até a bebê adormecer. Ela afirmou que chegou a aconselhar a
mãe a não dormir com a menina na cama, que seria melhor acostumá-la a
dormir sozinha no berço.“Keliane aceitou o conselho e colocou a filha no berço e foi dormir, o mesmo acontecendo com a interrogada. Já por volta das 5h, Maria Eliane acordou e pegou a criança”, descreve o depoimento.
Ainda segundo o relato, a agricultora enrolou a bebê em um lençol e a retirou da casa, indo direto para a residência que ela havia alugado em Santa Maria, localizada na Rua Tota Azevedo. Lá chegando, a mulher colocou a recém-nascida em um berço, trancou todas as portas e ficou deitada vendo TV.
Já pela manhã, ao assistir um programa de televisão, Maria Eliane viu que ela estava sendo apontado como a principal suspeita do crime. “Disse que ficou desesperada, sem saber o que fazer, e que então decidiu colocar a bebê em um saco de lixo limpo, de cor verde, e saiu sorrateiramente até o quintal de sua casa. E que tomou cuidado para não ser observada e colocou a criança sob uma goiabeira, em seu quintal”, relatou.
Por fim, minutos depois, Maria Eliane disse que escutou uma gritaria enorme, percebendo que a criança havia sido achada e que, ao olhar pela brecha da janela, percebeu que a polícia se encontrava perto da casa dela. “Ela disse que começou a sentir cólicas violentas, que decidiu ir ao posto de saúde da cidade, local onde foi presa”, acrescentou o chefe de investigações.
“Ela ainda disse que cometeu o crime sozinha, sem a ajuda de ninguém, e que a intenção era fugir com a criança e criá-la. Ela permanece presa, foi autuada pelo crime de subtração de incapaz e ainda nesta quinta-feira (3) será transferida para o Presídio Provisório Feminino de Parnamirim, na Grande Natal”, concluiu Gustavo Cavlcanti.
De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a pena para o crime de subtração de incapaz é de 2 a 6 anos de reclusão para quem "subtrair criança ou adolescente ao poder de quem o tem sob sua guarda em virtude de lei ou ordem judicial, com o fim de colocação em lar substituto”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário