terça-feira, 25 de junho de 2013

Três pastores da Igreja Maranata são presos sob acusação de ameaçarem testemunhas da investigação de desvio de dízimos

Três pastores da Igreja Maranata são presos sob acusação de ameaçarem testemunhas da investigação de desvio de dízimos
O caso de desvio de dízimos na Igreja Maranata que vem sendo investigado pelo Ministério Público do Espírito Santo teve um novo episódio nesta quinta-feira, quando três pastores foram presos sob acusação de agirem de forma intimidatória contra fiéis da denominação e autoridades.
Os pastores presos foram o presidente afastado Gedelti Gueiros, que teve o benefício da prisão domiciliar devido estar com mais de 80 anos de idade; o atual presidente Elson Pedro dos Reis e o pastor Amadeu Loureiro, que foram encaminhados para o Centro de Triagem de Viana; além do advogado Carlos Itamar Coelho Pimenta, que ficará no Quartel da Polícia Militar, em Maruípe, Vitória, segundo informações do G1.
As acusações que levaram o Ministério Público a pedir prisão preventiva dos pastores foi o surgimento de testemunhas que estavam procurando a justiça para refazer seus depoimentos, retirando acusações. O MP identificou que estava havendo coação através da pregação da mensagem, relegando os membros que colaboravam com as investigações a um ostracismo dentro da denominação. Em um dos casos, a testemunha relatou ter sido chamada para conversar numa sala, e quando chegou ao local, havia uma arma de fogo sobre a mesa.
“Membros da Igreja Cristã Maranata estavam sendo coagidos pelos líderes da igreja. É uma instituição hierarquizada. O pastor por ser o líder tem a dominação de todo o seu rebanho, e o que ele diz deve ser realizado. Então, essa coação, diferente da normalidade, onde a coação é direta dizendo o que uma pessoa deve fazer ou deixar de fazer, ela é feita através do uso de uma interpretação manipulada da Bíblia”, contextualizou o promotor Paulo Panaro, em entrevista ao telejornal Bom Dia Espírito Santo.

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