sábado, 22 de fevereiro de 2014

Dilma pede que papa traga à Copa mensagem contra o racismo


papa_m1Ao se encontrar, ontem (21), com o papa Francisco, a presidenta Dilma Rousseff pediu ajuda do pontífice para a propagação, durante a Copa do Mundo, de mensagens de paz e de luta contra o preconceito. Apesar de ter convidado o papa para assistir ao Mundial no Brasil, Dilma disse não acreditar que ele possa comparecer.
Segundo a presidenta, toda vez que um brasileiro e um argentino se encontram, é discutido o tema futebol. “A única coisa que eu pedi é que neutralidade fosse mantida pelo santo padre e [que] assim, a 'Mão de Deus' não empurrasse a bola de ninguém”, disse a presidenta, em referência ao histórico gol de Maradona, jogador argentino, que usou a mão para empurrar a bola em jogo contra a Inglaterra, na Copa do Mundo no México, em 1986.
“Vim pedir uma mensagem dele sobre esse posicionamento da Copa do Mundo no Brasil, a Copa das Copas. Pedir posicionamento quanto à questão da paz e contra o preconceito, especificamente contra o racismo”, explicou Dilma. Segundo ela, o papa deve enviar uma mensagem tratando desses temas.
No último dia 12, o jogador Tinga, do Cruzeiro, sofreu com demonstrações de racismo da torcida peruana durante jogo da Copa Libertadores da América.

Dilma está no Vaticano para o consistório, cerimônia em que o arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani Tempesta, será oficializado cardeal da Igreja Católica. O evento ocorre neste sábado (22) e será seguido de uma missa no domingo (23), para a qual a presidenta “possivelmente” deve ficar.
“Eu fiquei muito feliz com a indicação de dom Orani. Acho que a escolha dele é merecida. Além de ser homem de fé, é pessoa com grande capacidade, solidariedade, que se interessa pelos movimentos sociais, pelos pobres”, ressaltou.

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