domingo, 1 de junho de 2014

Após motim, 50 presos do Raimundo Nonato são transferidos para Alcaçuz



Após o quebra-quebra dentro da unidade, cinquenta detentos do presídio Raimundo Nonato Fernandes foram transferidos para Alcaçuz, em Nísia Floresta    (Foto: Heloísa Guimarães/ Inter TV Cabugi)

Cinquenta detentos do Presídio Provisório Raimundo Nonato Fernandes, na zona Norte de Natal, foram transferidos para a Penitenciária Estadual de Alcaçuz, a maior unidade prisional do Rio Grande do Norte. A mudança foi necessária por causa do quebra-quebra que os internos causaram na manhã deste domingo (1º). Colchões e lençóis foram queimados e 10 celas destruídas, segundo informações da Coordenação de Administração Penitenciária do Estado (Coape). De acordo com a Polícia Militar, a rebelião durou cerca de uma hora e não houve feridos.
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"Os presos se rebelaram e quebraram tudo. Enquanto recuperamos as dez celas destruídas, eles ficarão no setor de triagem em Alcaçuz", explicou Dinorá Simas, diretora da Coape. Segundo ela, uma sindicância será instaurada para responsabilizar os presos que causaram danos ao presídio.
Dinorá confirmou que a rebelião aconteceu por causa da greve iniciada neste sábado (31) pelos agentes penitenciários. A categoria iniciou uma operação padrão e não permitiu a entrada de alimentos e produtos de higiene levados pelos familiares dos presos. Mulheres de apenados protestaram do lado de fora e fecharam a avenida Itapetinga. A via, uma das principais da região, só foi desobstruída com a chegada do efetivo do 4º Batalhão da PM.
Colchões e lençóis foram incendiados durante a rebelião no Raimundo Nonato (Foto: Divulgação/Polícia Militar do RN)
A categoria reivindica o envio do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração e o Estatuto para deliberação da Assembleia Legislativa. O Governo do Estado entrou na Justiça com um pedido de ilegalidade da greve. A categoria mantém os 30% do efetivo estabelecidos em lei.
Mulheres de apenados se revoltaram em não poder entregar alimentos  e produtos de higiene para os presos no Presídio Raimundo Nonato; em protesto, elas fecharam a Av. Itapetinga, na zona Norte de Natal    (Foto: Divulgação/Polícia Militar do RN)Mulheres de apenados fecharam a Av. Itapetinga
(Foto: Divulgação/Polícia Militar do RN)
Reforço nos presídios
De acordo com o comandante geral da Polícia Militar, coronel Francisco Araújo Silva, a PM foi acionada para conter os ânimos nas três maiores unidades prisionais da Grande Natal. No Raimundo Nonato, na zona Norte da capital, o motim foi controlado após a chegada de cinco carros da polícia, cada um com três policiais que reforçaram a guarda no local.
"Enviamos seis viaturas para aumentar o efetivo em Alcaçuz (em Nísia Floresta). E, para a Penitenciária Estadual de Parnamirim, foram enviados mais quatro carros para dar maior segurança", acrescentou o comandante.
PEP
No sábado (31), os presos da Penitenciária Estadual de Parnamirim (PEP) também se rebelaram. Segundo Durval Franco, diretor da unidade, os detentos destruíram parte das instalações elétricas e hidráulicas dos pavilhões 1 e 2.  As grades de 18 celas foram arrancadas. Após a polícia intervir e controlar a situação, 30 apenados foram transferidos para Alcaçuz.
Grades de 18 celas foram arrancadas, no sábado (31), na Penitenciária Estadual de Parnamirim  (Foto: Divulgação/Polícia Militar do RN)Grades de 18 celas foram arrancadas na Penitenciária Estadual de Parnamirim (Foto: Divulgação/PM do RN)
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