Municípios brasileiros enfrentam dificuldades para a contratação de médicos. Nesse ano, 1.228 Municípios já pediram auxílio ao Ministério da Saúde para conseguir contratar profissionais de saúde recém-formados.
Mesmo com várias estratégias do governo como o Programa de Valorização do Profissional (Provab), 233 Municípios não atraíram nenhum profissional. Atualmente, há uma taxa de 1,95 médicos para cada mil habitantes. A meta é que essa taxa chegue em 2,5 até 2020. O presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, afirma que para conseguir alcançar essa meta, provavelmente, o Brasil terá que aumentar o número de médicos.
“O principal problema que os Municípios encontram é a elevação dos salários por parte da classe. Como a procura é pequena, os gestores precisam aumentar a remuneração para atrair os médicos para as cidades mais distantes, aumentando os custos locais”, explica o lider municipalista.
Áreas mais afetadasO presidente da Associação Amazonense de Municípios (AAM), e primeiro secretário da CNM, Jair Souto, afirma que o Estado é uma das áreas mais afetadas com a falta de médico pois a questão geográfica assusta os profissionais assim como os salários. “O custo para manter os médicos no interior do Estado do Amazonas é impraticável, pois os profissionais querem altos salários devido as grandes distâncias e o isolamento das comunidades. É necessário criar uma política urgente para manter esse profissionais no interior do país", defende Souto.
Nos Municípios de Rondônia a situação não é diferente afirma o presidente da Associação Rondoniense de Municípios (Arom) e prefeito de Alvorada d’ Oeste, Laerte Gomes. “A carência de médicos na nossa região é muito séria, como exemplo no meu Município estou fazendo concurso para quatro vagas esse mês e só tivemos oito inscritos”, conta. Gomes acredita que a convalidação do diploma de médicos de países de fronteira como a Bolívia poderia amenizar o problema na região.
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