As despesas do governo cresceram 6,6% acima da inflação no primeiro
semestre em comparação ao mesmo período do ano passado. Com esta alta,
os desembolsos romperam a barreira de R$ 1 trilhão pela primeira vez. A
evolução das despesas mostra que o governo terá dificuldade em
concretizar o corte de R$ 10 bilhões a R$ 15 bilhões, cujo anúncio é
prometido para esta semana.
A ordem é preservar investimentos e programas sociais e cortar gastos
de custeio da máquina pública. Na prática, os investimentos estão
estagnados e as demais despesas estão subindo. Os gastos com subsídios
ao programa habitacional Minha Casa, Minha Vida cresceram 25,3%. As
despesas crescem também puxadas pelo aumento do salário mínimo, que
influencia os gastos com aposentadorias, pensões e benefícios
assistenciais a idosos e deficientes físicos de baixa renda.
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