quinta-feira, 17 de julho de 2014

Greve deixa atendimento mais lento

Os médicos da rede municipal de Natal retomaram ontem (16) a paralisação da categoria, suspensa durante a Copa do Mundo, em atendimento a uma liminar pedida pela Prefeitura de Natal. Apesar da greve, no primeiro momento, não ter afetado o atendimento em todas as unidades da cidade, parte dos pacientes foram prejudicados pela falta de profissionais. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) ainda não tem um balanço sobre o primeiro dia de paralisação. Hoje, os demais servidores da Saúde participam de assembleia marcada para as 14h, em que decidem se também retomam movimento grevista. 
Frankie MarconeParalisação atinge 50% dos médicos da UMS Cidade SatéliteParalisação atinge 50% dos médicos da UMS Cidade Satélite

Os médicos pedem incorporação da gratificação ao salário-base no valor fixo de R$ 3 mil para o que trabalha 40 horas, e a metade para o de 20 horas de serviço. Hoje o valor é variado, de acordo com o local que o profissional trabalha. O salário-base do município para os médicos é de R$ 1.500 mil para 20h e R$ 3 mil para 40h. Além disso, pedem a criação de uma comissão de médicos que faça um plano para implantação do piso salarial da Federação Nacional dos Médicos (Fenam) até 2018, além de  melhores condições de trabalho, abastecimento e recuperação da estrutura das unidades.

De acordo com a secretaria adjunta da SMS, Miranice Crives, na noite de ontem ainda não havia um levantamento final sobre a adesão, porém ela seria pequena. “Ainda não recebemos relatório de todos os distritos, mas pelo que temos até agora é pouca a adesão. É pontual. A maior parte na Policlínica”, relatou. A SMS destacou que o município está em negociação desde antes da suspensão na Copa e que, o prejuízo à população não vai ser tão grande. Metade dos médicos que trabalham no município são de cooperativas, não servidores. 

Durante o dia de ontem, reportagem visitou oito unidades de saúde, nas zonas Sul e Oeste de Natal, para acompanhar o atendimento.  Em Cidade Satélite metade dos médicos do pronto-socorro da Unidade Mista de Saúde estão em greve. Nas outras unidades, médicos contratados via cooperativas e que atuam em programas como o Mais Médicos e o Programa de Valorização dos Profissionais da Atenção Básica (Provab) trabalharam. Alguns servidores  optaram por continuar o trabalho.

A coordenadora médica da UMS, Lindecy Leandro, explica que dos vinte médicos, entre oito e nove clínicos gerais estão em greve. Sem suspender nenhum serviço do pronto-socorro, o atendimento ficou mais lento. Apesar da paralisação de cerca de 50%, a movimentação era tranquila. Na parte ambulatorial da unidade mista um aviso informa que a partir de ontem não seriam mais distribuídas fichas de atendimento médico devido à greve.

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