segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Alemanha e França lembram 100 anos da Primeira Guerra Mundial


Em cerimônia nas montanhas de Vosges, fronteira entre os dois países, presidentes Hollande e Gauck homenageiam mortos nas batalhas e destacam importância da reconciliação entre franceses e alemães para a paz na Europa
Em cerimônia nas montanhas de Vosges, fronteira entre os dois países, presidentes Hollande e Gauck homenageiam mortos nas batalhas e destacam importância da reconciliação entre franceses e alemães para a paz na Europa
Uma cerimônia celebrada neste domingo em Colmar, na região francesa da Alsácia, lembrou os 100 anos do início da Primeira Guerra Mundial. Em memória dos 30 mil soldados franceses e alemães que perderam a vida no monte Hartmannsweilerkopf, na fronteira entre os dois países, os presidentes da França, François Hollande, e da Alemanha, Joachim Gauck, colocaram cruzes no local onde em 2017 será inaugurado um memorial.
Gauck ressaltou que a montanha, também chamada de “devoradora de homens” (do francêsmangeur d’hommes), simboliza, como poucos lugares, o absurdo e o quão assustadores foram aqueles anos entre 1914 e 1918. “A Primeira Guerra foi um dos períodos mais terríveis e sombrios de nossa história comum”, afirmou o presidente alemão.
Ele ressaltou ainda que o fanatismo levado até o sacrifício próprio foi resultado da “aterrorizante cegueira intelectual e moral”. “Aqui, a Europa traiu o que seus valores, sua cultura e sua civilização promoveram”, afirmou Gauck. O presidente disse que o nacionalismo extremado levou a Alemanha a entrar em duas guerras no século passado e a lutar contra a França por duas vezes.
Modelo de reconciliação para o mundo
- A Europa conseguiu superar a guerra – afirmou Hollande em seu discurso. “Depende bastante da relação de amizade entre alemães e franceses para que o sonho de se chegar ao ideal europeu permaneça, e uma vida em paz seja garantida. É dever de cada geração defender a paz.”
Para o presidente francês, a reconciliação entre França e Alemanha, as duas maiores economias da Europa,  poderia servir de exemplo para o mundo. Os dois países compartilham o mesmo ponto de vista no que diz respeito à crise na Ucrânia, por exemplo, acredita Hollande. Ele ainda ressaltou: “relembrar o passado não é nostalgia, é aprender com a história.”

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