O Governo do Estado reforçou ao Sindicato dos Servidores Públicos da Administração Indireta do RN (Sinai-RN) que não irá reajustar os salários do funcionalismo público em 2015. Em entrevista à TRIBUNA DO NORTE no último domingo, o governador Robinson Faria já havia adiantado que, por causa dos problemas financeiros do estado, está impedido de conceder qualquer tipo de aumento.
Em audiência realizada na manhã de ontem (11), o Sinai apresentou os itens de pauta da Campanha Salarial deste ano, entre eles a incorporação da data-base e a abertura de novos concursos. Entretanto, o governo alegou queda nas receitas e um débito de cerca de R$ 600 milhões deixado pela gestão anterior.
Para Santino Arruda, secretário geral do sindicato, os funcionários públicos não podem ser responsabilizados pela crise financeira do estado. “O sindicato entende a situação, entretanto, esta situação foi criada pelos governos passados. Isso é resultado de pelo menos 20 anos de gestões desastrosas. O trabalhador não pode ser responsabilizado e nós não podemos pagar essa conta. Queremos o que nos é devido”, afirma.
Uma nova audiência de negociações entre Governo e trabalhadores será marcada para o início de junho. Até lá, o sindicato fará assembleias com órgãos, empresas e autarquias que compõem a base sindical do sindicato.
Além dos servidores da administração indireta, os funcionários da Educação e Saúde já começaram as suas campanhas salariais. Segundo Manoel Egídio da Silva Júnior, vice-coordenador geral do Sindicato dos Servidores de Saúde (Sindsaúde), se o Governo não der nenhuma posição sobre as negociações, no dia 20 deste mês será votado o indicativo de greve da categoria.
No Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Rio Grande do Norte (Sinte/RN), o ponto de divergência está sobre o reajuste dos servidores de apoio (merendeiras, auxiliares de serviços gerais etc). “Desde quando o plano de cargos, carreiras e salários foi aprovado, em 2010, eles só tem o reajuste referente ao salário mínimo”, explicou José Teixeira, coordenador geral do Sinte/RN.
Tribuna do Norte
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