Os quatro homens mortos durante um confronto com policiais civis e militares na noite dessa terça (14), em Arêz, distante 58 quilômetros de Natal, faziam parte de uma quadrilha que tinha como especialidade o tráfico de drogas e que nos últimos meses estava fazendo uma “limpa” na região, matando os concorrentes que poderiam roubar os clientes dela. Eles foram encontrados depois de um trabalho “mal feito”.
De acordo com informações da polícia civil, na segunda-feira (13), o bando tentou matar um homem que poderia atrapalhar a venda de entorpecentes. Entretanto, a vítima conseguiu sobreviver e confirmou que a quadrilha tinha sido responsável pelo atentado. “Depois recebemos a informação de que essa quadrilha estava nesse sítio, em um distrito da cidade de Arêz. Reunimos os homens e fomos fazer a abordagem”, contou Genésio Ferreira, chefe de investigações da delegacia de Arêz.
No momento em que foram abordados, Moisés, Estevam e o líder da quadrilha, Rodrigo do Nascimento Silva, além de um quarto envolvido, estavam comemorando exatamente o atentado, pensando que tinha conseguido matar mais uma pessoa. “Dois deles tinham um mandado de prisão em aberto por outros dois homicídios que tinham acontecido em Arêz. Quando chegamos, eles estavam comemorando esse atentado. Estavam achando que iriam se livrar mais uma vez”, disse Genésio.
Segundo o chefe de investigação, a quadrilha estava sendo investigado há pelo menos seis meses pelas equipes da polícia. “Nós identificamos atuação deles em Arêz e também Natal. Era uma quadrilha muito bem organizada e que tinha um armamento muito forte”. Com eles a polícia apreendeu uma pistola calibre .40, um colete balístico, munições e uma porção de maconha que estava na mão esquerda de um dos mortos. “Aqui em Arêz, desde que o Rodrigo (chefe da quadrilha) chegou na cidade, a situação estava bem complicada. A cidade tinha ficado muito violenta. Agora acredito que a situação irá melhorar”.
Mesmo com a grande quantidade de integrantes da quadrilha que foram tirados de circulação, Genésio Ferreira destacou que ainda existem integrantes do bando que estão soltos. “Agora, iremos trabalhar para conseguir prender o restante da quadrilha. Sabemos que existem bem mais integrantes, pois, como falei, eles eram bem organizados. Já estamos em diligências, mas não podemos revelar muito para não atrapalhar as investigações”.
O confronto entre criminosos e polícia aconteceu no início da noite dessa terça. De acordo com informações repassadas pela coordenação da operação, os suspeitos estavam escondidos em um sítio no distrito de Guaraíras quando foram surpreendidos pelos policiais. Os criminosos quando perceberam a presença dos agentes e PMs do GTO, atiraram e imediatamente houve revide. Rodrigo, considerado o líder da quadrilha morreu na hora, já os outros foram socorridos, mas não resistiram aos ferimentos. “Fomos ao local todos descaracterizados, inclusive com os veículos descaracterizados. Chegamos lá, deixamos o carro e fomos a pé verificar se procedia a informação de que eles estavam o local. Quando chegamos lá, fomos recebidos a tiros e revidamos. Felizmente nenhum policial foi ferido”, explicou o chefe de investigações de Arêz.
O agente também explicou a dificuldade em conseguir encontrar o esconderijo da quadrilha. “O problema é que esse local fica dentro de uma área onde existem vários viveiros de camarão. A região fica longe do centro da cidade e é pouco povoada. Inclusive, já investigamos e concluímos que o dono do terreno não tinha qualquer ligação com os bandidos. Eles apenas se utilizaram do fato da região ser pouco povoada e se esconderam lá”.
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