Sozinho, o RN
supera a soma da potência instalada em todos os países da América do
Sul, além da produção de países como Grécia,Bélgica e Noruega.
O Estado do Rio
Grande do Norte ultrapassou, nesta quinta-feira, a marca de 2 GW de
potência eólica instalada em seu território. O feito se deu com a
entrada em operação comercial de 18 unidades geradoras, somando 29.160
MW do parque eólico Morro dos Ventos II, de propriedade da empresa CPFL
Renováveis S/A, instalados no município de João Câmara, região do Mato
Grande.
Com isso, o RN
chega a uma potência instalada de 2.020,157 MW. São 1.133 turbinas
eólicas distribuídas por 75 usinas em todo o Estado. O relevante fato
ocorre a menos de 1 ano da quebra da barreira de 1 GW, que se deu em
maio de 2014 e apenas três anos após o Brasil ter atingido a mesma
marca, em 2012.
“O Rio Grande do
Norte é o primeiro estado a ultrapassar a barreira dos 2GW eólicos, o
que nos coloca em uma posição ímpar. Além disso, temos a maior matriz
eólica estadual do Brasil”, diz o diretor de energia eólica do Centro de
Estratégias em Recursos Naturais e Energia (CERNE), Milton Pinto,
reforçando que atualmente 80% da energia consumida no Estado vem de
fontes eólicas.
O valor de 2,02 GW
produzidos no RN supera vários países europeus como Grécia,Bélgica e
Noruega, se equiparando aproximadamente a Irlanda e Áustria. Sozinho, o
RN supera também o montante de potência instalada de todos os países da
América do Sul juntos, com exceção do Brasil. Atualmente, a capacidade
eólica nacional instalada é de 5.841 MW, de acordo com dados da Aneel.
Para o presidente
do CERNE e do Sindicato das Empresas do Setor Energético do RN (SEERN),
Jean-Paul Prates, a quebra desse recorde é resultado do longo trabalho
que vem sendo feito há quase uma década e que comprova o imenso
potencial do Estado. “Quando aceitei o desafio de desenvolver a energia
eólica para o RN, sabia que havia uma riqueza gigantesca a ser
explorada. Foi um trabalho em várias frentes, envolvendo várias pessoas.
O resultado é esse: em menos de um ano quebramos dois recordes: o do
primeiro gigawatt e agora o segundo. Agora mesmo, o RN volta a aparecer
em primeiro lugar em projetos habilitados para o leilão de 27 de abril.
Esse é um processo sem volta. Havendo contínuo apoio governamental,
estou certo que o destino do RN é manter-se na liderança nacional em
energia eólica por muitos anos”, afirmou Prates.
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