segunda-feira, 20 de abril de 2015

Rio Grande do Norte quebra a barreira dos 2GW eólicos em João Câmara

Sozinho, o RN supera a soma da potência instalada em todos os países da América do Sul, além da produção de países como Grécia,Bélgica e Noruega.
TRIUEWRUW
O Estado do Rio Grande do Norte ultrapassou, nesta quinta-feira, a marca de 2 GW de potência eólica instalada em seu território. O feito se deu com a entrada em operação comercial de 18 unidades geradoras, somando 29.160 MW do parque eólico Morro dos Ventos II, de propriedade da empresa CPFL Renováveis S/A, instalados no município de João Câmara, região do Mato Grande.
Com isso, o RN chega a uma potência instalada de 2.020,157 MW. São 1.133 turbinas eólicas distribuídas por 75 usinas em todo o Estado. O relevante fato ocorre a menos de 1 ano da quebra da barreira de 1 GW, que se deu em maio de 2014 e apenas três anos após o Brasil ter atingido a mesma marca, em 2012.

“O Rio Grande do Norte é o primeiro estado a ultrapassar a barreira dos 2GW eólicos, o que nos coloca em uma posição ímpar. Além disso, temos a maior matriz eólica estadual do Brasil”, diz o diretor de energia eólica do Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia (CERNE), Milton Pinto, reforçando que atualmente 80% da energia consumida no Estado vem de fontes eólicas.

O valor de 2,02 GW produzidos no RN supera vários países europeus como Grécia,Bélgica e Noruega, se equiparando aproximadamente a Irlanda e Áustria. Sozinho, o RN supera também o montante de potência instalada de todos os países da América do Sul juntos, com exceção do Brasil. Atualmente, a capacidade eólica nacional instalada é de 5.841 MW, de acordo com dados da Aneel.

Para o presidente do CERNE e do Sindicato das Empresas do Setor Energético do RN (SEERN), Jean-Paul Prates, a quebra desse recorde é resultado do longo trabalho que vem sendo feito há quase uma década e que comprova o imenso potencial do Estado. “Quando aceitei o desafio de desenvolver a energia eólica para o RN, sabia que havia uma riqueza gigantesca a ser explorada. Foi um trabalho em várias frentes, envolvendo várias pessoas. O resultado é esse: em menos de um ano quebramos dois recordes: o do primeiro gigawatt e agora o segundo. Agora mesmo, o RN volta a aparecer em primeiro lugar em projetos habilitados para o leilão de 27 de abril. Esse é um processo sem volta. Havendo contínuo apoio governamental, estou certo que o destino do RN é manter-se na liderança nacional em energia eólica por muitos anos”, afirmou Prates.

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