O líder do grupo jihadista Estado Islâmico (EI), Abu Bakr al Baghdadi, ordenou a mutilação genital de todas as mulheres das famílias da cidade iraquiana de Mosul “para promover a atitude islâmica entre os muçulmanos”. Foram cerca de duas milhões de meninas iraquianas que receberam a ordem com o objetivo de “distanciamento da libertinagem e da imoralidade” mas o impacto pode chegar até quatro milhões de mulheres. Abu Bakr também afirmou que as consequências serão severas àquelas que descumprirem a decisão.
— Isso afetaria potencialmente quatro milhões de mulheres. Isso é algo muito novo no Iraque, especialmente nesta região. É algo que provoca grande preocupação e deve ser abordado — afirmou a coordenadora humanitária da ONU no Iraque, Jacqueline Badcock. O grupo extremista surgiu como um braço da Al-Qaeda mas atualmente nega seu atual líder, Ayman al-Zawahiri. A facção é responsável pela série de decapitações que ocorrem desde agosto do ano passado com reféns ocidentais presos na Síria. — Quando o EI chegou em Mosul, houve uma recepção calorosa. Mas, por causa das práticas horríveis do EI, especialmente a prática da mutilação feminina a força, está começando a ser evidente para as pessoas que o EI só sabe torturar — afirma Asil Jaml, atividas dos direitos humanos.
O Globo
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