quinta-feira, 11 de abril de 2013

Casarão em ruínas será restaurado

Construído em 1908, o prédio que abrigou a antiga Faculdade de Direito, o Grupo Escolar Augusto Severo, a Escola Normal de Natal, um anexo do Atheneu Norte-Rio-Grandense e a Secretaria de Segurança Pública, por décadas, encontra-se hoje em avançado estado de deterioração e sem nenhum uso que valorize a sua importância histórica. A cobertura e o teto da edificação estão comprometidos. Há infiltrações nas paredes, boa parte do piso está destruído e o lixo toma conta do espaço. Mas essa realidade poderá mudar em breve.
Edu BarbozaDeterioração tem avançado, ano após ano, devido ao abandonoDeterioração tem avançado, ano após ano, devido ao abandono
Em audiência realizada ontem na Justiça Federal, a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) assumiu a responsabilidade de restaurar, preservar e dar um novo destino à edificação centenária. Num projeto com recursos que ultrapassam R$ 2 milhões, a UFRN – em consórcio com o Município de Natal – aguarda definição do Ministério da Cultura, pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) das Cidades Históricas para iniciar a recuperação do prédio. Segundo o superintendente de Infraestrutura da UFRN, Gustavo Coelho, o resultado deve sair até o fim do mês. 
Beleza
Situado em frente à Praça Augusto Severo, ponto tradicional de Natal, o prédio de nº 261 chama a atenção de quem passa tanto pela beleza que reserva, como abandono da obra. 

O mato cresce farto na parte frontal do terreno, entre bancos e escadarias por onde vários estudantes transitaram durante o início do século XX. As estátuas no topo da edificação ainda resistem ao tempo, sendo testemunhas das várias camadas de tinta descascada que a fachada do prédio apresenta. Alguns azulejos das colunas que sustentam os corrimões de acesso ao prédio já não estão mais ali.
Sujeira
O piso do saguão de entrada, que aparenta ser o original, está fosco de tanta sujeira e tem buracos. No teto, se vê mais céu do que cobertura: tanto o telhado quanto o forro de gesso estão deteriorados. No interior do prédio, o piso mostra-se ainda mais comprometido. O chão de madeira de uma das salas está destruído quase em sua totalidade. 
Edu BarbozaNa área interna, parte do teto já desabou em vários salões

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