Uma equipe de fiscalização do Ibama apreendeu, na manhã desta sexta-feira (21), 32 pássaros silvestres numa residência em Touros, a 90 quilômetros de Natal. Entre as aves havia azulões, galos-de-campina, caboclinhos e papa-capins. O proprietário da residência quis resistir à fiscalização e foi conduzido à delegacia de polícia do município. Ele foi autuado em R$ 16 mil pela posse ilegal dos animais e outros R$ 3 mil por dificultar a ação fiscalizatória.
Segundo os agentes ambientais federais que participaram da ação, os pássaros estavam distribuídos por toda a casa, até mesmo dentro de quartos e banheiros. Como o estado de saúde da maioria é bom - e nenhuma das espécies é ameaçada de extinção - poderão ser devolvidos à natureza rapidamente. "As exceções são um tiziu, que não tem uma das asas (provavelmente amputada pelo manejo ou captura incorretos), e um sibite, que está com as pontas das penas aparadas. O sibite poderá ser solto assim que as penas crescerem novamente. Já o tiziu deverá permanecer para sempre em cativeiro", informou o Ibama.
O autuado tem 20 dias para apresentar defesa ao Ibama. Todavia, como manter aves sem licença é crime, deverá responder a um processo na Justiça e, se condenado, poderá pegar um ano de detenção. Já a pena por dificultar a ação do Ibama pode chegar a três anos de detenção.
O Ibama alerta: a manutenção de animais silvestres em cativeiro causa prejuízos à natureza. As aves são os principais responsáveis pela dispersão de sementes e, por isso, são as grandes mantenedoras das florestas, tanto no litoral quanto no interior. Matar, caçar ou aprisionar aves e outros animais silvestres, além de ser crime e acarretar pesadas multas, provocam danos nos ecossistemas e afetam até a vida humana.
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