Cenas fortes de uma mulher sendo cruelmente espancada com um pedaço de madeira, possivelmente por traficantes em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, estão circulando nas redes sociais. O vídeo compartilhado e assistido por milhares de internautas tem apenas 36 segundos, mas a delegada Mônica Areal, da 74ª DP (Alcântara), que investiga o caso, diz que o original dura dois minutos. O material foi encontrado no telefone celular de um menor apreendido por policiais do 7º BPM (São Gonçalo), no último dia 11, na Favela da Linha, no Rio do Ouro. O adolescente, de 15 anos, estava com uma pequena quantidade de maconha. Ele confessou ter participado da sessão de espancamento.
— Fiquei chocada com o vídeo. Sou delegada, mas também sou humana. Quase não consegui dormir no dia. É horrível — lembra Mônica Areal.
De acordo com a delegada, nos primeiros momentos do vídeo original, o garoto raspa a cabeça da mulher, que aparece sentada num banco. Enquanto isso, ela tenta se defender, dizendo não ser culpada de nada. Em seguida, um segundo rapaz chega com um pedaço de madeira e começa a espancá-la. Na sequência, é possível notar uma arma na cintura do agressor. A vítima cai do banco, mas o rapaz só para de bater quando a madeira quebra. A delegada disse que as cenas foram gravadas há pouco mais de dez dias.
— O adolescente confessou calmamente o que fez com a mulher. Ele disse que não matou e que a tortura aconteceu por ela ter feito uma fofoca num presídio sobre um outro menor. Ele não deu detalhes sobre quem era o outro agressor. Por isso, por enquanto, a investigação está suspensa — explica Mônica Areal.
O menor vai responder por atos infracionais análogos aos crimes de tortura e tráfico.
No Morro Faz Quem Quer, tortura resultou em morte
Em setembro, Rayssa Christine Machado de Carvalho Sarpi, de 18 anos, morreu após ser torturada por traficantes no Morro Faz Quem Quer, em Rocha Miranda, na Zona Norte do Rio
Na época, os bandidos também fizeram um vídeo, de cerca de três minutos, raspando o cabelo da jovem. Rayssa foi liberada com vida, mas acabou morrendo seis dias depois de ter alta do Hospital estadual Carlos Chagas, em Marechal Hermes.
Fonte: Extra.
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