As águas oriundas da fonte do
Olho d’Água da Bica (horto florestal), município de Cuité-PB, já estão sendo
responsáveis por quase toda a irrigação do Centro de Educação de Saúde da
Universidade Federal de Campina Grande – campus de Cuité. O novo sistema de
irrigação do campus já é realidade há cerca de quatro meses.
Estão sendo irrigadas pela água
doce do horto árvores como os ipês e as cuieiras (fruto cuité), além da grama.
De acordo com o mestre de obras Edivaldo Balbino, responsável pela irrigação do
campus, mais de 80 % da área do CES já recebe, plenamente, as irrigações.
A previsão é de que na próxima semana, a
encanação chegará aos blocos (prédios) recém-construídos. Assim sendo, o campus
ficará, praticamente, 100 % coberto pelo sistema. Além disso, já existe água do
Olho d’Água da Bica na área onde está sendo construído o campo de futebol
society do CES. Neste local, há três pontos de irrigação que estão sendo
implantados para manter o gramado em perfeitas condições.
O sistema de captação dessas águas pelo campus
de Cuité começa a ser gerado a partir de uma caixa d’água localizada no horto
florestal com capacidade para, aproximadamente, 14 mil litros. Através de
canalização, reforçada pela gravidade, essas águas vão até um reservatório (9
mil litros) que encontra-se ao lado da Farmácia Escola do CES. A partir daí
começa a distribuição para os demais setores do Campus com canalização em
formato convencional.
A água vinda do Olho d’Água da Bica é perene.
Mesmo com períodos de seca, ela não acaba. Segundo Edivaldo, a vazão de água é
muito boa e, diariamente, o campus recebe uma grande quantidade dela. “Mesmo
não tendo sido feito estudo ainda, eu acredito que, pela vazão de água no horto
dá para ser aproveitado, mais ou menos, uns vinte mil litros por dia”, revela.
Contudo, existe um controle por parte da
equipe responsável pelo sistema de irrigação do CES com o objetivo de evitar
futuros desperdícios. Para isso, foram instalados vários registros em
diferentes setores do campus. Na medida em que o sistema vai se expandindo vão
sendo colocados mais registros. Quando, por exemplo, vai ser aguado um setor, é
aberto o registro mais próximo e descontinuado os demais. Assim, o processo
funciona de maneira alternada.
Edivaldo reconhece que sem essa
água disponível, nos últimos meses, seria praticamente, impossível manter a
atual jardinagem do CES. Pois, além de a região estar em um período de grande
seca, a água do saneamento fornecida da zona urbana de Cuité não é adequada
para a sobrevivência das plantas.
“Nesse período de seca, nós constatamos que
qualquer tipo de planta, inclusive a grama que é muito resistente, se estivesse
sendo irrigada com água do saneamento teria morrido, devido a grande quantidade
de cloro encontrado nela. Já essa água que vem do horto (Olho d’água) é pura,
não tem cloro. Podemos dizer que ela é quase cristalina”, afirma Edivaldo.
Fonte: Ramsés França - Ascom/CES via Click Picuí
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