A socióloga Cristina Vital, professora da Universidade Federal Fluminense, concedeu uma entrevista à revista Carta Capital, falando sobre o movimento social que resulta do crescimento dos evangélicos no Brasil.
Durante a entrevista, Vital afirmou que “o crescimento evangélico atingiu o seu auge” e que, embora isso não signifique que o grupo irá parar de crescer, o ritmo será menor. A tese contraria previsões do Serviço de Evangelização para a América Latina (Sepal), de que em oito anos, metade da população brasileira será evaQuestionada sobre os motivos desse crescimento, a socióloga citou diversos fatores que contribuíram com a escalada: “O aumento de décadas passadas estava referido a um contexto de mudanças na sociedade ao longo da década de 1980 e que se refletiria no Censo de 1990: êxodo rural (os evangélicos são mais presentes no meio urbano) e a forte rede de solidariedade que os evangélicos oferecem para estes que estão, muitas vezes, longe da família. Também o crescimento dos evangélicos no espaço público seja através da política, seja através da presença na mídia televisiva, além da nova perspectiva cristã que o surgimento dos neopentecostais ofereceu para os que já estavam acostumados com a mensagem bíblica nas igrejas evangélicas históricas, nas pentecostais mais tradicionais ou mesmo no catolicismo”, enumerou Cristina Vital.
Sobre a possibilidade de que o Brasil se torne um país de maioria evangélica algum dia, a socióloga afirmou acreditar que não: “A força da nossa tradição cultural forjada pela articulação política, social e econômica entre Estado, Igreja Católica e elites rurais nos dificulta pensar numa maioria evangélica”, argumentando com dados culturais históricos do país.
Entre outros assuntos, como doutrina e pulverização do meio evangélico, Cristina Vital falou também sobre a influência evangélica na sociedade através da política. Confira abaixo a íntegra daentrevista à revista Carta Capital:ngélica. Atualmente a percentagem de evangélicos é de 22%.
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