Entre janeiro de 2011 e fevereiro de 2014 foram registrados 592 doações e 961 transplantes no RN.
“Apesar do expressivo quantitativo, nos últimos 3 anos, de doações e transplantes registrados no Estado é preciso continuar conscientizando as pessoas quanto a realização deste importante ato. Nossa meta é zerar a fila de espera e assim oferecer uma nova vida a alguém que aguarda por um transplante”, disse.
Antigamente, o tempo de espera por um transplante de córnea no estado do Rio Grande do Norte era longo, uma média de 3 a 5 anos. Na última década este tempo vem diminuindo para no máximo 5 meses. Hoje, a fila de espera por transplante de córnea no RN conta com 70 pessoas. Segundo Mary Bruno, o dado demonstra que o estado tem tendência a voltar a zerar esta fila como aconteceu em 2012.
“O RN é um dos estados brasileiros com tendência a zerar a fila de córnea. A importância da recuperação da visão para um paciente significa não só uma melhor qualidade de vida para este e para sua família, mas também a sua reinserção na sociedade. A diminuição do tempo de espera trouxe mais credibilidade ao serviço prestado pela Central de Transplantes da Sesap”, disse a subcoordenadora.
Segundo os dados de 2013 da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), o percentual de recusa familiar no RN foi de 61%, maior que a média nacional de 47%. Mesmo com o percentual considerado alto, o estado é o segundo no Nordeste em número de doações por milhão de população (pmp), com 13,9 doadores/pmp, número acima da média nacional de 13,2 doadores/pmp e da média da Região Nordeste, de 9,2 doadores/pmp.
“Temos muito a agradecer às famílias que conseguem ser solidárias no momento da perda de um ente querido, mas é preciso lembrar que ainda temos uma recusa familiar muito grande. A população precisa entender que ela também pode salvar uma vida”, explica Mary Bruno.
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