O Açude Público de Santa Cruz, que em 1981 teve sua parede estourada e levou parte da cidade naquela noite de 1º de abril aos caos está novamente com a sua estrutura comprometida pelo abandono por parte do órgão federal, DNOCS.
Em janeiro, nossa equipe de jornalismo
registrou através de fotografias o abandono que se encontra o
reservatório que fica no perímetro urbano da cidade.
A constatação foi preocupante. Britas de
proteção da parede foram roubadas, árvores como algarobas que estão
fincadas por entre as pedras da parede, buracos formados pelas águas das
chuvas, estão se transformando em crateras na parte de cima da parede
que, somados, podem comprometer a estabilidade do reservatório.
No último mês de maio, cinco meses
depois, a nossa equipe voltou ao açude para ver como estava as suas
condições e a constatação foi preocupante: nada foi feito e a situação
piorou depois das chuvas que caíram na cidade.
Durante os festejos da padroeira de
Santa Cruz, Santa Rita de Cássia, a nossa reportagem questionou o
deputado estadual Tomba Farias sobre a situação do Açude Público de
Santa Cruz e segundo ele, a direção do DNOCS no estado já foi informada
pelo próprio deputado da preocupação da manutenção do açude.
A reportagem da Rádio Santa Cruz AM procurou a direção estadual do
Departamento Nacional de Obras Contra as Secas – DNOCS, e depois de
várias ligações conseguimos falar com o chefe de serviços técnicos do
órgão, João Guilherme.
De acordo com João Guilherme, o DNOCS já
tem conhecimento do problema, mas o órgão federal não tem recursos para
realizar nenhuma obra de recuperação, das quais são disponibilizados
pelo Ministério da Integração Nacional.
A expectativa é que logo após o
Ministério da Integração ao dispor desses recursos, seja aberta uma
licitação para contratação de uma empresa particular para executar a
obra.
Perguntado sobre a possibilidade de uma
autorização para que a prefeitura possa executar alguma obra de
recuperação e preventiva no açude, João Guilherme explicou que o DNOCS
não se opõe a este tipo de solicitação.
Para o chefe de serviços técnicos, a
reportagem feita pela Rádio Santa Cruz, servirá de subsídio para que o
gestor do município possa enviar mais uma vez ao Ministério da
Integração Nacional, a solicitação de recursos para recuperação do
açude.
Enquanto o problema não é resolvido, a
população que mora próximo ao açude se preocupa, pois já se tem um
exemplo de como a parede do açude pode se portar em caso de uma grande
chuva na região.
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