O vídeo mostraria um homem encapuzado no deserto junto ao refém. Momentos antes da sua morte, Haines lê um texto em que atribui a sua execução ao primeiro-ministro britânico David Cameron. O vídeo é semelhante às decapitações de dois jornalistas norte-americanos, James Foley e Steven Sotloff, executados pelo Estado Islâmico e também divulgados pelo grupo em vídeos.
"Isso é um desprezível e terrível assassinato de um agente humanitário inocente. É um ato de pura maldade. Meu coração está com a família de David Haines, que mostrou coragem extraordinária durante essa provação", disse Cameron em um comunicado.
"Faremos tudo que está em nosso alcance para caçar esses assassinos e garantir que encarem a Justiça, não importando quanto tempo leve".
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que, nesta semana, anunciou uma estratégia para tentar destruir o Estado Islâmico, afirmou que condena veementemente a decapitação do agente humanitário e que pretende trabalhar com o Reino Unido e com outras nações para levar os assassinos à Justiça.
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Apelo da famíliaO vídeo foi divulgado horas após a família do trabalhador humanitário britânico ter feito um apelo para que os sequestradores o libertassem.
Em um comunicado publicado pelo Ministério de Relações Exteriores neste sábado (13), a família de Haines afirmou que os sequestradores não haviam respondido a nenhuma das tentativas de estabelecer contato.
Em uma gravação divulgada anteriormente, que a Casa Branca considerou autêntica, o carrasco de Sotloff, que tem sotaque britânico, ameaçou executar em breve David Haines. Haines, que faz trabalho humanitário desde 1999, cooperava com a ONG francesa Acted como responsável logístico no campo de refugiados de Atmeh, um povoado sírio perto da fronteira turca.
"A Acted está profundamente comovida pelas imagens divulgadas no início desta semana" escreveu a ONG em um comunicado.
Terrorista
do Estado Islâmico faz ameaça dizendo que o homem ao seu lado,
identificado como o britânico David Cawthorne Haines, pode ser o próximo
a ser decapitado em represália à intervenção militar dos EUA no Iraque
(Foto: AFP/SITE Inteligence Group)
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