Segundo reportagem
da Folha de São Paulo, o novo 'manual de conduta' da Seleção contrasta
bastante com o que era visto durante o mundial no Brasil
O
anúncio de Dunga no comando da Seleção Brasileira foi contestado por
alguns após sua oficialização. O temido 'retrocesso' após a dramática
eliminação da Copa do Mundo foi praticamente esquecido, afinal, o Brasil
de Dunga venceu de maneira convincente os quatro amistosos que disputou
(contra Colômbia, Equador, Argentina e Japão). A explicação para o
sucesso tão rápido pode estar em um choque de realidades: a comissão
técnica de Dunga entregou uma cartilha pregando um comportamento rígido
entre os jogadores.
(Foto: Rafael Ribeiro/CBF) |
Segundo
reportagem da Folha de São Paulo, o novo 'manual de conduta' da Seleção
contrasta bastante com o que era visto durante o mundial no Brasil.
Agora, jogadores não podem mais portar itens como bonés, brincos e
chinelos na concentração. Ao invés de chinelos, 'tênis e meias'. Ao
longo de 16 tópicos a cartilha também obriga que os jogadores se
apresentem à Seleção Brasileira vestindo 'traje social'.
No anúncio dos jogadores convocados nesta quarta (23), Dunga confirmou a existência da cartilha.
"São
códigos de conduta que existem para a boa harmonia. É como em uma
empresa ou em uma família. Já existiam normas, mas sugerimos algumas
coisas novas para o bom convívio", afirmou o técnico da seleção.
O
acesso aos eletrônicos também será sensivelmente reduzido: celulares,
laptops, tablets e demais aparelhos estão vetados durante as preleções,
refeições e vestiários. A cartilha impõe até 'rituais' durante as
refeições: o capitão da equipe (Neymar) deve ser o primeiro a deixar a
mesa após uma refeição. As diretrizes também obrigam que o hino nacional
seja cantando antes dos jogos.
Um
exemplo prático desta nova filosofia está no item que prevê respeito
aos horários estabelecidos. O lateral Maicon desobedeceu este item e foi
cortado durante a primeira convocação de Dunga, nos Estados Unidos.
A
disciplina da cartilha prega ainda que os jogadores paguem por
'despesas extras', tais quais ligações, bagagem extra e o custo de
ingressos para parentes e amigos. As manifestações políticas e
religiosas também estão proibidas na cartilha.
Fonte: Portal Correio 24 horas
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