domingo, 9 de novembro de 2014

Robinson Faria precisará tomar medidas amargas sobre a folha de pagamento”

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Ciro Marques
Repórter de Política
A declaração do vice-governador eleito, Fábio Dantas (PC do B), sobre a necessidade do Governo do Estado arrecadar R$ 1 bilhão a mais em 2015 para pagar o funcionalismo público em dia, exibiu a grave situação das contas públicas do Rio Grande do Norte. E, diante disso, para o procurador-geral de Justiça, Rinaldo Reis, não restam dúvidas que a próxima gestão precisará tomar medidas enérgicas e impopulares sobre a folha de pagamento. Para Reis, toda a população espera que ações nesse sentido sejam feitas, para que o Estado possa diminuir a máquina e recuperar a capacidade de investimento do Estado.
A declaração de Rinaldo Reis, no entanto, foi dada com certo ressentimento. Líder do Ministério Público do RN, o procurador-geral de Justiça não quer parecer um “intrometido” no Executivo Estadual. “Não quero falar o que o futuro governador (Robinson Faria, do PSD) precisa ou não fazer, mas é lógico que essa situação da folha de pagamento tem que ser urgentemente enfrentada. Acredito que é isso que a gente espera, é isso que a população espera”, afirmou Reis em contato com O Jornal de Hoje.
Segundo o procurador-geral de Justiça, para enfrentar essa situação, inclusive, o futuro governador “precisará tomar medidas enérgicas e, talvez, amargas sobre a folha, como forma de deixar a máquina pública estadual mais eficiente”. “Diante dessa situação exposta pelo vice-governador, que é o coordenador da equipe de transição, não restam dúvidas da necessidade de ações nesse sentido”, acrescentou o procurador.
Receoso, Rinaldo Reis, obviamente, preferiu não entrar em detalhes, dizendo que medidas poderiam ser essas. Contudo, é possível ter uma ideia a que o procurador-geral de Justiça se referiu ao falar em “ações amargas”. Afinal, no ano passado, diante do atraso no pagamento da folha salarial do Executivo (que continua até hoje), o Ministério Público abriu investigação para apurar se as medidas legais, com vistas a reduzir despesas públicas e evitar o atraso, haviam sido tomadas antes da ação extrema de adiar o pagamento.

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