quinta-feira, 2 de abril de 2015

Novo cometa ‘brasileiro’ é descoberto em observatório de Minas Gerais


alx_discovery-2_originalUm novo cometa foi descoberto por três brasileiros do Sonear (sigla para Southern Observatory for Near Earth Asteroids Research), um observatório particular perto de Oliveira, cidade a 120 quilômetros de Belo Horizonte. O C/2015 F4 Jacques é o terceiro a ser encontrado pela equipe. Ele foi visto pela primeira vez no dia 28 de março e confirmado pela comunidade científica no último dia 30.
O cometa recebeu seu nome em homenagem a Cristóvão Jacques, astrônomo amador que, junto com Eduardo Pimentel e João Ribeiro, é responsável pelo observatório. Brilhante, o objeto foi visto por meio do telescópio de 280 milímetros, o menor dos dois que compõe o Sonear.
“O cometa tem agora uma pequena calda e vai ter a sua aproximação máxima com a Terra no final de julho”, disse Jacques ao site de VEJA. Não há risco de colisão. A estimativa é que no dia 8 de agosto, quando o objeto atingir sua aproximação máxima com o Sol, ele esteja a 134 milhões de quilômetros da estrela.
Ele não deve atingir brilho suficiente para ser visto a olho nu, apenas com uso de telescópios, mas Jacques avisa que, por serem corpos celestes em movimento, o cometa pode surpreender. A passagem do C/2014 E2 Jacques, o segundo cometa descoberto pelo observatório, foi fotografada por astrônomos ao redor do mundo e mostrou um cometa bastante brilhante.
Descobertas brasileiras – Todos os cometas “brasileiros” já encontrados são descobertas do Sonear. O primeiro, C/2014 A4 Sonear, foi descoberto em janeiro do ano passado, e o segundo, em março do mesmo ano.
O trio de observadores mineiros começou a vasculhar o céu em busca de objetos próximos à Terra em 1999. Jacques é engenheiro, Eduardo é advogado e Pimentel é jornalista e professor. Eles costumam dedicar as horas vagas às descobertas astronômicas. Em 2009, iniciaram o planejamento do observatório, que começou a funcionar em dezembro de 2013.
Eles tiram fotos à noite e, durante o dia, analisam o material. São os únicos a procurar objetos assim – que envolvem corpos que podem se chocar com a Terra – no Hemisfério Sul.
Veja

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