Cisto dermóide (ou teratoma) - é um tipo muito particular de cisto e um dos tumores benignos mais freqüentes. Ele surge a partir do desenvolvimento de células que restaram da fase embrionária da menina e que subitamente começam a se multiplicar. É como se elas acordassem de um longo período de hibernação, o que ocorre em torno da 2a – 4a década de vida. Ainda não se descobriu por quê, nem como isso acontece. Sabe-se, entretanto, que ele abriga vários tipos de estruturas como pêlos, tecido gorduroso, dente, pedaços de ossos e cartilagem. Como geralmente cresce na intimidade do ovário há, obrigatoriamente, uma distensão do mesmo. Ora, se isso não for bloqueado, o ovário acaba virando a própria “cobertura” do cisto, o que faz com que ele, enquanto órgão, praticamente desapareça! Além disso, o teratoma freqüentemente é bilateral e sua malignização ocorre em mais de 10% dos casos.
Na maioria das vezes os cistos de ovário são “silenciosos”, ou seja, não dão nenhum tipo de sintoma ou sinal. Entretanto, algumas coisas podem sugerir sua presença:
*Sensação de peso, inchaço ou dor no baixo ventre (em um ou ambos os lados).
*Aumento do volume abdominal.
*Dor durante a relação sexual.
*Aumento de pêlos no rosto ou em qualquer outra parte do corpo (geralmente em locais em que habitualmente só os homens têm).
*Dor aguda, severa, febre e/ou vômitos - quando relacionados com cisto de ovário, podem sinalizar a presença de hemorragia ou torção do órgão.
O diagnóstico pode ser feito com o exame físico, quando o médico avalia o tamanho dos ovários e/ou através da ultrassonografia. O último recurso utilizado para sua confirmação é a videolaparoscopia.
Finalmente há alguns aspectos a serem considerados, e que determinarão o tipo de tratamento:
*Tamanho e tipo do cisto (são fatores determinantes na terapêutica).
*Idade da mulher (se a mesma está em idade reprodutiva ou na menopausa).
*Desejo de engravidar.
*Estado geral de saúde.
*Severidade dos sintomas.
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