sexta-feira, 23 de maio de 2014

Cirurgiões vasculares vão pedir exoneração do HWG


Os pedidos ainda não chegaram oficialmente à Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap), mas o secretário Luiz Roberto Fonseca, conversou 45 minutos, no começo da noite de ontem, com cinco cirurgiões vasculares que estão se demitindo do Hospital Walfredo Gurgel. São eles: Gutemberg Gurgel, Edson Barreto, Davi Rosado, Ricardo Wagner e José Linhares. Destes, o secretário de Saúde do Estado disse que há pelo menos um mês já sabia de um pedido de exoneração, que ainda não chegou às suas mãos, do médico Gutemberg Gurgel, enquanto outro dos sete cirurgiões vasculares lotados no HWG estavam encaminhando sua aposentadoria.
Júnior SantosReunião entre Luiz Roberto e médicos busca alternativas para não prejudicar atendimentoReunião entre Luiz Roberto e médicos busca alternativas para não prejudicar atendimento

A saída dos cirurgiões vasculares do HWG ocorre, praticamente, dois meses depois de a Sesap exigir que os médicos  passassem a prestar serviços de carga horária complementar, através de contratação feita pela Cooperativa Médica, presencialmente. Até março deste ano, os cirurgiões vasculares que tinham plantões complementares pela Cooperativa Médica ficavam de sobreaviso.

O secretário Luiz Roberto  Fonseca afirmou, ontem, logo depois da reunião em seu gbinete,  que respeita a decisão dos médicos, mas enquanto for o titular da Sesap não vai concordar com essa modalidade de prestação de serviço, “porque não existe possibilidade jurídica” para assim mantê-lo.

Segundo o  secretário, os cirurgiões vasculares trabalham em plantões de 12 horas, mas a escala - como não existem profissionais suficientes na área - , é feita com dois profissionais, um fica de plantão presencial e outro de sobreaviso, para o caso dos contratos pelo regime estatutário.

O secretário Luiz Roberto informou ainda que um plantão médico pela cooperativa é pago à razão de R$ 1,2 mil (por plantão) a cada cirurgião vascular. Ele ofereceu a eles uma elevação no valor dos plantões para R$ 1,9 mil, o que já é pago para os neurocirurgiões e cirurgiões ortopedistas, por exemplo. “Não posso pagar outro valor que seja diferente dos demais profissionais”, continuou o secretário.

No caso de não haver um acordo com os cirurgiões vasculares e eles confirmarem os pedidos de exonerações, o secretário de Saúde disse que uma alternativa para não deixar a população sem a prestação desse serviço, que é imprescindível num hospital referenciado em traumatologia como o HWG, “é abrir uma licitação nacional para a contratação terceirizada de outros profissionais”.

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