terça-feira, 23 de setembro de 2014

Delegado garante "tolerância zero" para pirataria em Natal




  • A venda de CDs e DVDs piratas em Natal não será mais tolerada. É o que garante o delegado titular da Especializada em Falsificações e Defraudações, Júlio Rocha. De acordo com ele, operações como a que ocorreu hoje (23), no bairro do Alecrim, vão prosseguir por toda a cidade.
    Roberto Lucena / CelularPolícia Civil apreendeu materiais na manhã desta terça-feiraPolícia Civil apreendeu materiais na manhã desta terça-feira

    Durante a manhã de hoje, policiais civis e guardas municipais de Natal apreenderam aproximadamente 5 mil de CDs e DVDs piratas que seriam comercializados no camelódromo, no Alecrim. A ação foi rápida e, no momento em que ocorriam as apreensões, não houve grande tumulto. No entanto, após a ação, o clima ficou tenso no bairro.

    Camelôs que tiveram o material apreendido e outros que se solidarizaram com o grupo foram até o cruzamento da avenida Presidente Bandeira com Coronel Estevão e realizaram uma manifestação, queimando pneus e obstruindo totalmente o fluxo de veículos. Sob grito de "Ah, ah ah, sem trabalho eu vou roubar!", os populares só deixaram o local após a prisão de três homens e apreensão de um adolescente. Contudo, logo em seguida, os manifestantes obstruíram outro local.
    Roberto Lucena / CelularCamelôs bloquearam vias no bairro do AlecrimCamelôs bloquearam vias no bairro do Alecrim

    Enquanto os policiais levavam os quatro manifestantes para a delegacia, o grupo seguiu até o cruzamento da Presidente Bandeira com Amaro Barreto, bloqueando a via mais uma vez. Policiais do Batalhão de Choque observaram a ação, mas não houve confronto. Somente mais duas pessoas foram detidas por desacato e incitação à violência. Em seguida, a manifestação parou, fazendo com que os lojistas reabrissem as portas.

    Para o delegado Júlio Rocha, o protesto dos manifestantes não é justificável porque os comerciantes que tiveram as mercadorias recolhidas estavam cometendo um crime. Segundo ele, a atividade não será permitida e a polícia vai continuar agindo para inibir a atuação dos ambulantes que comercializam material falsificado.

    "A polícia não vai mais tolerar esse tipo de crime e vai continuar com outras operações desse tipo. As pessoas que forem detidas responderão pelos seus atos e o material será recolhido para ser destruído, em seguida", garantiu Júlio Rocha.

    De acordo com a Polícia Civil, a "Operação Original", como foi batizada, já conseguiu tirar de circulação 95 mil mídias piratas em dois meses de atuação.

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