quinta-feira, 15 de agosto de 2013

‘Floresta’ sobre teto de prédio começa a ser derrubada na China


Operários começam a desmontar 'floresta' construída no topo de prédio em Pequim (Foto: Ng Han Guan/AP)Operários começam a desmontar 'floresta' construída no topo de prédio em Pequim (Foto: Ng Han Guan/AP)
Operários começaram nesta quinta-feira (15) a desmontar a vila com rochas e árvores construída no topo de um prédio residencial de Pequim, na China. Autoridades ordenaram na última terça-feira (13) que a “floresta” montada pelo dono do apartamento fosse demolida por ser ilegal. O dono havia recebido um prazo de 15 dias para a remoção – caso não cumprisse a determinação, a própria prefeitura iria desmontar a estrutura.
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A faraônica construção foi ideia de Zhang Biqing, um médico tradicional chinês que, segundo a imprensa local, ocupou cargos políticos na cidade. Seus bons contatos permitiram que ele fizesse a construção sem permissão sobre um dos prédios de Park View, de 26 andares.
Biqing prometeu em declaração ao jornal governista "Global Times" que pediria publicamente desculpas aos vizinhos pelos problemas causados pela obra, que levou seis anos.
O jardim de pedra - na realidade cimento imitando a rocha - ocupa mil metros quadrados, quase a totalidade da cobertura, e é perfeitamente visível da rua, já que se encontra em uma avenida muito movimentada, junto a uma das zonas verdes mais populares da cidade, o Parque do Bambu.
Aparentemente, Zhang não achou suficiente a bela vista do parque que tinha da cobertura e passou seis anos construindo seu ambicioso jardim, apesar das queixas dos moradores do prédio pelo barulho e pelos problemas com os encanamentos desde o início da obra.
Mansão sobre prédio de 26 andares preocupa moradores do edifício em Pequim (Foto: Mark Ralston/AFP)Mansão sobre prédio de 26 andares preocupa moradores do edifício em Pequim (Foto: Mark Ralston/AFP)
"Sempre perguntávamos o que diabos ele estava construindo lá em cima", disse hoje à Agência Efe um dos moradores do bloco, de sobrenome Gao, que assegurou que "a culpa na realidade não é de Zhang, mas da empresa de manutenção da área residencial, que viu o que acontecia e não fez caso".
"Na realidade, todo andar era seu, podia fazer com ele o que quisesse, fosse uma vila ou uma casa para o cachorro", afirmou Gao, que disse que ele e seus vizinhos não se queixaram muito com as autoridades do caso "porque não tínhamos tempo e pensávamos que Zhang, apesar de não parecer rico nem famoso, deve de ter boas conexões".
Não é a primeira notícia de construções excêntricas em coberturas na China, já que na semana passada foi revelado que em um shopping ainda não inaugurado na cidade de Hengyang, no centro do país, foram construídas várias vilas luxuosas, que também serão demolidas por não terem as permissões necessárias.

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