Em
janeiro deste ano, a aposentada Maria Regina Ferreira de Souza passou
por uma situação constrangedora em um supermercado. Quando tentava pagar
as compras, o cartão da senhora estava bloqueado. Maria Regina também
teve a pensão da Marinha e a aposentadoria canceladas.
Ao procurar o seguro social, a mulher
foi informada que estaria morta, segundo o documento emitido no INSS.
Desde então, Maria Regina vive com ajuda dos filhos e de irmãos. Para
ela, a situação foi humilhante.
— Estou me sentindo indignada, humilhada.
A morte da mulher foi emitida em 20 de
dezembro de 2012. Segundo o documento, o corpo dela estaria enterrado no
cemitério do Caju, na zona portuária do Rio, porém, não havia nenhum
registro na administração do cemitério.
Mesmo com a morte declarada, o atestado
de óbito da mulher veio com erros. No documento consta que Maria não
tinha filhos e era casada. Contudo, a aposentada afirma que teve quatro
filhos e sempre foi solteira.
— Eles botaram aí que eu não tive filhos, eu tive quatro.
O caso está sendo investigado pela
delegacia de Realengo (33ª DP). O delegado afirma que vai investigar o
médico que assinou o atestado e que o caso tem muitas fraudes.
— Essa ocorrência envolve várias
fraudes. Fraudes junto ao banco, ao INSS, supostos médicos. Nós não
temos certeza se o médico que participou do trâmite é realmente médico.
Nós temos que saber se alguém está retirando o benefício por ela.
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