A falta de aval desses órgãos
foi usada como argumento pelo Ministério Público Federal em Goiás
(MPF-GO) e pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) para acusarem a
empresa de ser uma pirâmide financeira.
Esse fato, porém, não invalida
o que o MPF-GO considera ser seu argumento central: o de que a empresa
vendeu 1 milhão de rastreadores, mas só adquiriu 69 mil junto ao
fornecedor. A venda de produtos sem a capacidade de entregá-los foi o
mesmo problema encontrado na Avestruz Master, que causou prejuízos a 40
mil pessoas.
Bloqueio
As atividades Embrasystem e de outras
empresas do grupo estão bloqueadas desde julho por liminar (decisão
temporária). A suspeita é que os donos da empresa tenham usado a BBom,
braço de marketing multinível da empresa, para constituir uma pirâmide
financeira com cerca de 300 mil integrantes.
Esses integrantes, chamados de
associados, pagaram taxas de adesão que variam de R$ 600 a R$ a R$ 3 mil
com a promessa de lucrarem com a revenda de rastreadores. Na última
terça-feira (6), o MPF-GO e o MP-GO entraram com uma ação civil pública
para extinguir a empresa e determinar a devolução das verbas aos
associados.
Ao pedirem a liminar, o MPF-GO e o MP-GO
argumentaram que o grupo Embrasystem não tinha autorização da Anatel
para operar no sistema de rastreamento, como a agência informou aos
procuradores e promotores. O Denatran também afirmou que a empresa
também não tinha homologação do órgão.
Acontece que a Embrasystem não precisava
dessas autorizações para o tipo de atividade que desempenha. E isso não
foi informado pela Anatel e pelo Denatran, segundo a procuradora da
República Mariane de Mello, uma das responsáveis pela investigação
contra a BBom.
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