As forças rebeldes jihadistas da Síria continuam sua perseguição
implacável que deseja eliminar o cristianismo do país. Enquanto líderes
políticos mundiais discutem qual o melhor caminho para a busca da paz,
cristãos são mortos diariamente.
Os horríveis ataques contra ortodoxos, maronitas e católicos são
justificados pelo apelido de “cruzados” que receberam dos soldados
rebeldes. Moradores que fugiram da pequena cidade de Maalula contaram a
jornalistas da agência France Press que desde que os jihadistas
invadiram a cidade, na semana passada, estão forçando as pessoas a se
converter ao islamismo.
“Eles chegaram à nossa cidade ao amanhecer… gritavam: ‘Nós somos da
Frente Al-Nusra e viemos tornar a vida miserável para os cruzados”,
disse uma mulher identificada como Marie que agora está refugiada na
capital Damasco. O termo “cruzados” remete aos soldados cristãos que
participaram das Cruzadas que tentaram retomar Jerusalém das mãos dos
árabes na Idade Média.
Uma das comunidades cristãs mais antigas do mundo, Maalula se tornou
um símbolo internacional por seu valor estratégico na ameaça de tomada
da capital, que marcaria a derrota do regime de Bashar Al-Asaad. A
pequena cidade vivia em harmonia religiosa há séculos. No verão, a
população é de 4.500 pessoas, dentre elas cerca de 3.000, na maioria
cristãos, vêm de Damasco e de outros países. Já no inverno a população
fica reduzida a duas mil pessoas, e então os muçulmanos são a maioria.
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