Baleias encalharam na praia de Upanema, em Areia Branca (Foto: Carlos Júnior/VC no G1)
Biólogos que investigam as causas do encalhe coletivo de 30 baleias da
espécie falsa-orca acreditam que o líder do grupo estaria doente,
desorientado e, assim, teria provocado a ida dos demais até a praia de
Upanema, no litoral Norte de Rio Grande do Norte. O encalhe coletivo foi registrado na manhã deste domingo (22) em Areia Branca, cidade a 327 quilômetros de Natal.
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"Há duas hipóteses para o que aconteceu aqui em Upanema neste domingo. A
primeira, mais forte, é que o líder do grupo estaria doente. Assim,
ficou desorientado e levou o grupo até a praia de Upanema, que tem um
banco d'água raso. A segunda é que o grupo estivesse atrás de um cardume
e encalhou ao chegar à praia", falou o biólogo Flávio José Lima Silva,
coordenador do projeto Cetáceos da Costa Branca, mantido pela Petrobras e
pela Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN).Após a coleta, as baleias foram enterradas na praia de Upanema. Um trator da Prefeitura de Areia Branca foi usado para auxiliar nas escavações e no transporte dos animais.
Flávio Silva disse ainda que biólogos do projeto Cetáceos vão continuar monitorando as baleias nos próximos dias para evitar novos encalhes.
'Sem precedentes, diz especialista'
O biólogo Flávio Silva disse que não há registros de um encalhe coletivo nessas proporções no Brasil. "Há muitos encalhes de baleias no litoral brasileiro, mas não me recordo de algo nessa quantidade . Em 1991, 19 baleias encalharam em São Miguel do Gostoso, também no litoral potiguar. Mas um encalhe coletivo com 30 animais é a primeira vez que ouço falar no nosso país".
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