A
atriz Deborah Secco foi condenada pela Justiça a devolver R$ 158.191
aos cofres públicos. A sentença saiu três anos e oito meses depois de
Deborah ser denunciada por desvio de verbas públicas, em ação de
enriquecimento ilícito e improbidade administrativa. Sua mãe, seu irmão,
sua irmã e a produtora Luz Produções Artísticas LTDA, que pertence à
família, também terão que restituir R$ 446.455. Cabe recurso.
Na decisão, do dia 24, o juiz Alexandre
de Carvalho Mesquita, da 3ª Vara de Fazenda Pública, também suspende os
direitos políticos dos envolvidos, os obriga a pagar multa de R$ 5 mil e
os proíbe de contratar com o Poder Público ou receber incentivos
fiscais.
O inquérito teve início com uma
representação do Sindicato dos Enfermeiros, que questionava a
contratação de profissionais pela Fundação Escola do Serviço Público
(Fesp). Com o avanço das investigações, identificou-se um esquema de
fraude na qual sete órgãos do governo estadual contratavam a Fesp para a
execução de projetos. Como não tinha condições para executar tais
serviços (e isso era sabido pelos órgãos), a Fesp subcontratava quatro
ONGs. Ricardo Tindó Ribeiro Secco, pai de Deborah, era quem representava
os interesses das ONGs junto aos órgãos e era o responsável e chefe
operacional do “esquema das ONGs”.
Na conta de Deborah teriam sido
depositado dois cheques — de R$ 77.191 e de R$ 81 mil. Na conta da Luz
Produções, na qual a atriz é dona de 99% das ações, foram mais R$
163.700. Seus irmãos Bárbara e Ricardo e sua mãe Sílvia ainda teriam
recebido R$ 282.500 mil. Já o pai e a esposa, Angelina, receberam R$ 453
mil. O advogado de Deborah, Mauro Roberto Gomes de Mattos, informou que
vai recorrer:
- Improbidade administrativa pressupõe participação dela com agentes públicos, mas isso não ocorreu.
Extra – O Globo
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