Estadão Conteúdo
O gráfico Pedro Félix dos Santos, de 45 anos, não havia sido convidado para a cerimônia em que seu filho de seis anos com a auxiliar de expedição Viviane Rosa dos Santos, de 34, seria batizado, mas foi até a igreja mesmo assim. Após o batismo do menino, ele levantou-se, caminhou em direção ao altar e disparou com um revólver calibre 38 contra a ex-mulher e seu novo companheiro, o motorista Rosildo Donizeti Pereira, com quem ela se relacionava havia seis meses. Os dois foram atingidos na cabeça. Antes de sair da igreja, Santos efetuou mais disparos e atingiu outras três pessoas, que ficaram feridas sem gravidade.
Pereira chegou a ser levado para o Hospital Santa Marcelina, mas não resistiu aos ferimentos. Viviane Santos morreu no local. Os outros três feridos foram atendidas pelo Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) e encaminhados ao Pronto-Socorro dos Pimentas, em Guarulhos, mas não apresentavam risco de morrer.
"Viviane e Santos tiveram um relacionamento de dez anos que acabou em 2011, mas os dois últimos anos da relação já estavam conflagrados", afirmou o delegado João Blase, do 4º Distrito Policial de Guarulhos, após ouvir as primeiras testemunhas do caso. "Certamente foi um crime premeditado."
Na mesma delegacia, já havia pelo menos três boletins de ocorrência envolvendo o casal, que teve dois filhos. Em 2005, Viviane fez uma queixa contra o ex-marido na delegacia por lesão corporal e ameaça. Em 2011, foi o gráfico quem a acusou de ameaça. Em 2012, Viviane relatou desobediência à Lei Maria da Penha, afirmando que o ex-marido descumpriu ordem de se manter afastado dela. No último boletim de ocorrência, Viviane relatava que Santos estava bebendo e apresentava agressividade.
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