Candidata do PSB à Presidência, Marina Silva deve perder ou abrir mão de
cerca de metade dos palanques estaduais que tinham sido articulados por
seu antecessor no posto, Eduardo Campos. O ex-governador de Pernambuco,
que morreu em acidente aéreo, havia negociado apoios em todos os
Estados. Dos 27 acordos fechados, ao menos 14 devem naufragar. Nesses
locais, ou as alianças foram fechadas contra a vontade de Marina – que
defendia candidatura própria – ou são protagonizadas por políticos que
atuam em campo completamente diverso ao da ex-senadora.
Há ainda o risco de a campanha ficar esquálida em colégios eleitorais
importantes, com a defecção de puxadores de votos que desistiram de
disputar cargos após a morte de Campos. Adversários de Marina esperam
herdar parte do capital político que está se afastando da ex-senadora. O
PSDB, por exemplo, acredita que “naturalmente” deve haver uma
aproximação maior entre seu candidato, Aécio Neves (MG), e candidatos de
Estados como Mato Grosso do Sul, Alagoas e Santa Catarina.
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