quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Perdeu, perdeu. Passa a arma e a munição”, ouviu PM assaltado no bairro de Mãe Luíza

Após o crime, várias viaturas da PM foram vistas percorrendo as estreitas ruas do bairro de Mãe Luíza. Foto: José Aldenir.
Após o crime, várias viaturas da PM foram vistas percorrendo as estreitas ruas do bairro de Mãe Luíza. Foto: José Aldenir.
Diego Hervani
Repórter

A insegurança em Natal parece que atingiu o seu ápice nesta terça-feira (26). Não satisfeitos em causar medo na população “comum”, os criminosos agora resolveram assaltar, acredite se puder, a própria Polícia Militar.
De serviço como motorista responsável por levar algumas crianças para um evento na escola Dinarte Mariz, no bairro de Mãe Luíza, o soldado José Cardoso foi surpreendido por dois assaltantes. “Eu estava do lado de fora, esperando o evento terminar para levar o pessoal de volta. Quando eu estava entrando no ônibus, os dois me abordaram. Falaram ‘perdeu, perdeu’ e pediram para que eu entregasse arma e munições” afirmou o PM em entrevista para a TV Ponta Negra. Os bandidos levaram uma pistola ponto 40 e três carregadores.
Soldado José Cardoso estava trabalhando  quando foi surpreendido pela dupla de bandidos. Foto: José Aldenir
Soldado José Cardoso estava trabalhando
quando foi surpreendido pela dupla de bandidos. Foto: José Aldenir
Revoltado com a situação, o soldado reclamou que estava sozinho para fazer a cobertura do evento. “Como eu disse, eu estava voltando para o ônibus, sozinho. Me mandam para um bairro desses, que todo mundo sabe que é perigoso, para fazer a cobertura do evento. Deveria ter, pelo menos, mais uma viatura. Os bandidos viram a facilidade que iriam encontrar e agiram. Mas é assim. Felizmente eu estou vivo, pois eu pensei que eles fossem me matar”.
Depois do assalto, José Carlos afirmou que saiu correndo para dentro da escola, e pelo pouco que conseguiu observar, ele acredita que um dos criminosos era um menor. “Os dois estavam de boné, por isso eu não consegui observar bem como eles eram. Mas um era moreno alto e forte e o outro era um pouco mais baixo. O moreno ficou com a arma apontada para a minha cabeça e o outro veio pegar minha arma. Não sei se eles saíram em algum veículo ou a pé, pois eu fui correndo para o ginásio e não olhei para trás”.
Após o ocorrido, diligências foram feitas na região na busca de encontrar os suspeitos. Porém, até o fechamento desta edição, ninguém tinha sido preso.

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