Do Globo Rural
- O período de chuva passou e as barragens menores estão com o chão
rachado. Nas represas com mais capacidade de armazenamento, a pouca água
que resta é bastante disputada por carros-pipa. Alcimar Araújo
fabricava queijo para vender na feira, mas o leite foi ficando cada vez
mais escasso porque o gado morreu.
O sertanejo se viu obrigado a
mudar de profissão. Por causa da seca, centenas de agricultores
passaram a depender da fabricação de telhas e tijolos, mas o setor teve
que frear a produção e está demitindo. Somente no município de Parelhas,
maior produtor de telhas do estado, mais de 100 trabalhadores perderam o
emprego nos últimos meses. Não tem água para molhar o barro. Na maioria
das fábricas, o abastecimento é feito por caminhão-pipa e o consumo é
alto. A cada mil telhas ou tijolos produzidos são necessários quase 200
litros de água. “Estou gastando em média 10 caminhões por semana. Demiti
28 funcionários porque não tinha mais condição de mantê-los”, conta
Miriam Oliveira, dona da cerâmica.
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