segunda-feira, 31 de março de 2014

Globo diz que errou e pede desculpas por apoio à ditadura que faz 50 anos hoje


A Ditadura Militar (1964 – 1985) foi um dos mais marcantes e tristes períodos da História do Brasil. É evidente que os meios de comunicação, sobretudo a TV, tiveram um papel preponderante para que o golpe de 31 de março de 1964 ocorresse, e se mantivesse por 20 anos, até o ainda recente 1985. “Ainda recente”, porque o Brasil é uma democracia jovem.

À época, estavam no ar as Redes Tupi – que sairia do ar em 1980 – e a Excelsior – que teve o mesmo destino dez anos antes –, Record e Cultura, que estão no ar até hoje. A Rede Globo, até hoje acusada de ter financiado e dado espaço à ditadura, entrou no ar em abril de 1965.

Com exceção da segunda, todas as outras emissoras ajudaram o regime. A família Simonsen, proprietária da Excelsior tinha ligações com João Goulart, o Jango, presidente deposto pelo Regime Militar, bem como com outros opositores. O governo cassou concessões de linhas aéreas da empresa Panair, então a maior do Brasil. Perseguida, saiu do ar definitivamente em outubro de 1970. Durante os 21 anos de ditadura, era preciso “dançar conforme a música”. Caso contrário, quem pleiteasse um canal, não o ganharia. E quem tivesse uma concessão, perderia.
editorial globo ditadura militar


A Globo é um caso à parte. Cinco anos após entrar no ar, já em 1970, era líder absoluta de audiência. A emissora dos Marinho conquistou o espaço deixado pela Excelsior, além de ter recebido a quantia de US$ 5 milhões do Grupo Time Life, para a compra de equipamentos novos, e modernos para a época.

De acordo com o livro Muito Além do Jardim Botânico, de Carlos Eduardo Lins da Silva, um dos grandes responsáveis pela liderança de audiência da Globo foi Walter Clark, que entre outras coisas, criou o chamado ‘sanduíche’ na programação, onde entre duas novelas, já na época o estilo de programa mais popular, deveria haver um jornal, neste caso o Jornal Nacional, que entrou no ar em 1º de setembro de 1969. Para garantir o Ibope, a novela das 19h tinha um estilo bem leve, quase cômico, e o das 20h, dramático. Estratégia perfeita, e que se mantém até hoje.

Também foram contratados nomes como Abelardo Barbosa, o Chacrinha e Dercy Gonçalves para atrair rapidamente a audiência do público. Silvio Santos – que já estava no ar desde 1962 na TV Paulista, comprada pela Rede – foi mantido no ar aos domingos.

Para Clark, não bastava ser líder de audiência. Era preciso criar o hábito de assistir a Globo. Coincidentemente, o JN estreou no período de maior endurecimento do Regime Militar, em 1969. O Ministério das Comunicações foi criado neste mesmo ano. O que interessava à ditadura era a chamada “Integração Nacional”. O JN foi o primeiro transmitido em rede. O tom formal e frio, com informações que interessavam diretamente ao regime, deu ao jornal o apelido de “porta-voz da ditadura”. Uma declaração do então presidente Emílio Garrastazu Médici – campeão do poder do regime sobre a sociedade – deu o tom do que era o JN.

“Sinto-me feliz, todas as noites, quando ligo a TV para ler o jornal. Enquanto as notícias dão conta de greves, agitações, atentados e conflitos, em várias partes do mundo, o Brasil marcha em paz, rumo ao desenvolvimento. É como se eu tomasse um tranqüilizante, após um dia de trabalho.
 
 
Desaparecidos políticos do RN 

Djalma Maranhão e o artista Chico Santeiro

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Djalma Carvalho Maranhão
Livro "Dos Filhos deste Solo"

DADOS PESSOAIS

Nasceu no dia 27 de novembro de 1915 em Natal, Rio Grande do Norte, filho de Luiz Ignácio de Albuquerque Maranhão e Maria Salmé Carvalho Maranhão, casado com Dária de Souza Maranhão, com quem teve um filho: Marcos Maranhão.

 

ANATÁLIA DE SOUZA MELO ALVES

Anatália Melo Alves
Livro "Dos Filhos deste solo"

DADOS PESSOAIS

Nasceu em 09 de julho de 1945, em Mombassa, Município de Martins, atual Frutuoso Gomes, no Rio Grande do Norte, filha de Nicácio Loia de Melo e Maria Pereira de Melo. Em 1969 casou-se com Luiz Alves Neto.

BERGSON GURJÃO FARIAS

Bergson Gurjão Farias
Livro "Dos Filhos deste solo"

DADOS PESSOAIS




EMMANUEL BEZERRA DOS SANTOS

Emmanuel Bezerra dos Santos
Livro "Dos Filhos deste solo"

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Emmanuel Bezerra

Militante político assassinado pela Ditadura Militar

DADOS PESSOAIS

Nasceu em 17 de junho de 1947 na praia de Caiçara, município de São Bento do Norte, Rio Grande do Norte, filho de Luis Elias dos Santos, pescador e Joana Elias Bezerra, florista.

EDSON NEVES QUARESMA

Edson Neves Quaresma
Livro "Dos Filhos deste solos"

DADOS PESSOAIS

Nasceu no dia 11 de dezembro de l939 em Itaú no municipio de Apodi, Rio Grande do Norte, filho de Raimundo Agostinho Quaresma e Josefa Miranda Neves.

GERALDO MAGELA F. T. DA COSTA

DADOS PESSOAIS

Nasceu em 1950 no município de Caicó, Rio Grande do Norte, filho de Luis Fernandes da Costa e Francisca Jandira Torres Fernandes da Costa.

JOSÉ SILTON PINHEIRO

José Silton Pinheiro
Livro "Dos Filhos deste Solo"

DADOS PESSOAIS

Nasceu em 31 de maio de 1948 no sítio Pium de Cima, município de São José de Mipibu, Rio Grande do Norte, filho de Milton Gomes Pinheiro e Severina Gomes Pinheiro.


LÍGIA MARIA SALGADO NÓBREGA

Lígia Maria
Livro "Dos Filhos deste Solo"

DADOS PESSOAIS

Nasceu em 30 de julho de 1947 em Natal, Rio Grande do Norte. Filha de Georgino Nóbrega e Naly Ruth Salgado Nóbrega, foi a terceira numa família de seis irmãos.



ZOÉ LUCAS DE BRITO FILHO

DADOS PESSOAIS

Nasceu no dia 17 de agosto de 1944 no município de São João do Sabugi, Rio Grande do Norte, filho de Zoe Lucas de Brito e Maria Celeste de Brito.

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