Deputados
federais prometeram aos representantes de Telexfree , BBom e Multiclick
a criação de uma frente parlamentar para apoiar as empresas de
marketing multinível (MMN) – baseado em revendedores autônomos – e criar
um marco regulatório para o setor.
As três empresas são acusadas de disfarçarem, sob a aparência de
marketing multinível, esquemas de pirâmide financeira, o que é crime no
Brasil. BBom e Telexfree, que juntas têm mais de 1,3 milhão de
revendedores, estão com as contas bloqueadas pela Justiça. Farão parte
da frente parlamentar, inicialmente, os deputados Perpétua Almeida (PC
do B-AC) e Acelino Popó (PRB-BA). O grupo será responsável pelo marco
regulatório.
Popó defendeu abertamente as empresas acusadas de serem pirâmides. “A
minha ideia é defender as pessoas que entraram nas redes, que as
pessoas continuem nas redes se dando bem ou recebam aquilo [ que
deveriam receber ]“, afirmou Popó ao iG . “Se fosse realmente pirâmide,
essas pessoas [ responsáveis pela Telexfree e pela BBom ] estavam
escondida como [ aconteceu com ] Avestruz máster e Boi Gordo [ casos
conhecidos de pirâmides financeiras ].
As propostas foram apresentadas nesta quarta-feira (21) durante
audiência pública mista das Comissões de Desenvolvimento Econômico,
Indústria e Comércio; de Ciência e Tecnologia, Comunicação e
Informática; e de Defesa do Consumidor. Perpétua foi uma das
responsáveis pela convocação do evento.
A deputada Perpétua considerou “precipitado” o bloqueio de Telexfree e
BBom, mas ressalvou que a frente parlamentar será em defesa “da
regulamentação do marketing multinível”. “Se essas empresas vão poder se
regulamentar, nós não sabemos”, diz a parlamentar. Segundo Popó, a
frente parlamentar já conta com o apoio de pelo menos outros quatro
deputados.
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