Por Cassiano Arruda
DO NOVO JORNALNão se diga que a liderança do Sindicato dos Transportes Alternativos não tem avisado. Desde que resolveu, pela via do tumulto, recuperar o lugar que o segmento perdeu no mercado pelas normas da competição que, em cada momento, apresenta as suas ameaças.
Desde a invasão ao prédio da Prefeitura que tem conseguido atemorizar a administração municipal e o prefeito Carlos Eduardo Alves, que teve uma posição aplaudida pela maioria dos natalenses ao condicionar a concessão de uma audiência aos manifestantes a abertura das ruas interrompidas por piquetes.
Mas, a partir deste momento, a Prefeitura elegeu o sistema tradicional de transporte, responsável por mais de 90% do transporte de pessoas em Natal e operador de um eficiente sistema de venda de tickets, a partir do desenvolvimento de tecnologia própria e de uma rede de distribuição, testada e aprovada, como o inimigo público número um.
Os sindicalistas, à falta de outra, passaram a empunhar a bandeira da “bilhetagem única”, e ninguém na Prefeitura lembrou uma continha básica: a soma do que eles representam não responde nem por cinco por cento do movimento total. Assim mesmo esses grupo minoritário se sentiu forte o suficiente para impor a sua vontade e obrigar ao lado que atua de verdade a se submeter a sua vontade e ainda a pagar toda a conta. Não se sabe por que, mas a Prefeitura pareceu rendida a estas ameaças, patrocinando reuniões tão demoradas quanto inócuas, cedendo às imposições mais estapafúrdias e até abdicando da própria autoridade.
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