O caso de desvio de dízimos na Igreja Maranata que vem sendo investigado pelo Ministério Público do Espírito Santo teve um novo episódio nesta quinta-feira, quando três pastores foram presos sob acusação de agirem de forma intimidatória contra fiéis da denominação e autoridades.
Os pastores presos foram o presidente afastado Gedelti Gueiros, que teve o benefício da prisão domiciliar devido estar com mais de 80 anos de idade; o atual presidente Elson Pedro dos Reis e o pastor Amadeu Loureiro, que foram encaminhados para o Centro de Triagem de Viana; além do advogado Carlos Itamar Coelho Pimenta, que ficará no Quartel da Polícia Militar, em Maruípe, Vitória, segundo informações do G1.
As acusações que levaram o Ministério Público a pedir prisão preventiva dos pastores foi o surgimento de testemunhas que estavam procurando a justiça para refazer seus depoimentos, retirando acusações. O MP identificou que estava havendo coação através da pregação da mensagem, relegando os membros que colaboravam com as investigações a um ostracismo dentro da denominação. Em um dos casos, a testemunha relatou ter sido chamada para conversar numa sala, e quando chegou ao local, havia uma arma de fogo sobre a mesa.
“Membros da Igreja Cristã Maranata estavam sendo coagidos pelos líderes da igreja. É uma instituição hierarquizada. O pastor por ser o líder tem a dominação de todo o seu rebanho, e o que ele diz deve ser realizado. Então, essa coação, diferente da normalidade, onde a coação é direta dizendo o que uma pessoa deve fazer ou deixar de fazer, ela é feita através do uso de uma interpretação manipulada da Bíblia”, contextualizou o promotor Paulo Panaro, em entrevista ao telejornal Bom Dia Espírito Santo.
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