Do
Globo Rural - Uma toxina com propriedades terapêuticas é a aposta do
empresário e apicultor Célio Lino, do Rio Grande do Norte. Em seus
apiários, ele realiza a colheita de apitoxina, o veneno liberado pelas
abelhas fêmeas para proteger a colméia. São extraídas por mês cerca de
150 gramas da substância, que é utilizada pela indústria de cosméticos.
Os componentes da toxina estimulam os sistemas adrenal e pituitário a
produzirem cortisol e outros esteróides naturais, além de ter
propriedades anti-inflamatória, analgésica e imunomoduladora, exploradas
pela acupuntura. “
Deixo todo o mel produzido para a alimentação das abelhas. Exploro apenas a toxina e a própolis”,
diz o apicultor, que possui 13 apiários nos municípios de Extremoz,
Natal, Rio do Fogo e João Câmara, com mais de 350 colmeias. Para
garantir a produção Célio Lino teve aperfeiçoou o equipamento que
estimula a ferroada das abelhas.Ele criou uma máquina que
emite descargas elétricas pulsantes, que tem maior capacidade de
distribuição. A esse equipamento são ligadas as placas metálicas,
introduzidas nos apiários e onde as abelhas aplicam as picadas e deixam o
veneno. O aparelho criado pelo potiguar suporta até cem placas
coletoras da toxina. Além de maior capacidade em relação ao equipamento
disponível no mercado, a máquina informa quando a rede está em curto e é
mantida a bateria recarregável. Em oito meses, o empreendedor já vendeu
30 equipamentos, que custam R$ 890 cada um.
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