Uma
equipe do Departamento de Polícia Técnica de Mucuri se deslocou até o
Distrito de Itabatã para fazer a exumação do corpo de uma criança de
pouco mais de um ano, mas, ao abrir o caixão, encontrou apenas materiais
de macumba.
Segundo
o delegado titular de Mucuri, Dr. Charlton Fraga, uma senhora,
identificada como Edileuza Pinto da Silva, moradora de Itabatã, que
trabalha como moto-taxista no distrito, teria supostamente enterrado uma
criança, que seria seu próprio filho, no cemitério local, sem a devida
Declaração de Óbito (D.O). A ação teria ocorrido no período noturno e
sem o conhecimento dos funcionários do cemitério.
Após
ter sepultado a "criança", Edileuza teria tentado tirar uma Certidão de
Óbito no Cartório de Mucuri. Desconfiado da história, os funcionários
do Cartório procuraram a polícia. Diante das alegações da suposta mãe, o
delegado solicitou a exumação do corpo da criança para apurar a
realidade das informações da mulher e, caso fosse verdade, a possível
causa da morte do falecido.
Antes
do pedido, o delegado ouviu várias testemunhas e todos informavam que
nunca viram a Edileuza com criança, e que não sabiam que ela tinha um
filho de pouco mais de um ano, como alegava a moto-taxista. Segundo o
coveiro, há dois meses, a referida mulher o procurou no cemitério para
sepultar uma criança, mas como estava tarde, ele orientou que a mesma
voltasse na manhã seguinte.
Ainda segundo o
coveiro, ele perguntou se havia uma D.O e a mesma disse que sim. Então,
ele disse a ela que iria deixar tudo pronto, mostrou qual sepultura
seria a da criança e pediu que ela providenciasse a documentação para o
sepultamento no outro dia. Pela manhã quando chegou para trabalhar, o
coveiro descobriu que a mulher havia invadido o cemitério no período da
noite e sepultado a possível criança. Sem poder fazer mais nada,
orientou a mulher que trouxesse a D.O. Foi quando a mesma procurou o
cartório.
Na
manhã desta terça-feira (12), o delegado Charlton e sua equipe,
juntamente com os peritos do DPT de Teixeira, se dirigiram ao cemitério
para os procedimentos de exumação. Segundo o perito Bruno Melo, o caixão
estava enterrado a aproximadamente 60 centímetros, tratava-se de uma
urna funerária infantil e dentro da mesma só foi encontrado penas de
aves, restos de carne em decomposição, três corações bovinos, pés de
galinhas, diversas velas de “macumba” e uma foto já em avançado estado
de decomposição, de modo que não era mais possível reconhecer a imagem.
Ainda
segundo o perito Bruno Melo, a foto pode ser de alguém que seria o alvo
do ritual da magia negra. Ainda havia pedaços de tecido, possivelmente
da pessoa da foto, mas o “trabalho” da mulher foi desfeito pela polícia.
De acordo com o delegado Charlton, a mulher colocou na cabeça que tinha
uma criança e que a mesma havia falecido e provocou todo esse problema,
sendo preciso deslocar todo o aparato do Estado para a exumação de
restos de animais e materiais de magia negra.. Ainda segundo o delegado,
Edileuza vai responder por crime de registro de nascimento inexistente e
falsidade ideológica.
Fonte: site Liberdade News
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