terça-feira, 1 de julho de 2014

Obras da área destruída em Mãe Luíza vão custar R$ 12,4 milhões


repórteres

A reurbanização e reocupação da área destruída pelos deslizamentos de terra no bairro de Mãe Luiza vão custar pelo menos R$ 8,4 milhões aos cofres públicos. O valor corresponde ao somatório das planilhas de custos referentes às obras de drenagem, pavimentação e escadaria, além da estimativa para construção de residências, que podem ser no local ou não. Soma-se a esses valores, o investimento superior a R$ 4 milhões destinado às ações emergenciais na área do desastre. Os projetos elaborados até o momento, bem como o levantamento de valores, serão apresentados hoje, dia 1º, ao Ministério da Integração (MIN), em Brasília.
Ana SilvaProjetos preveem obras de drenagem, pavimentação e escadaria, além da construção de residências que podem ser no local ou nãoProjetos preveem obras de drenagem, pavimentação e escadaria, além da construção de residências que podem ser no local ou não

Na semana passada, o secretário adjunto da Secretaria Municipal de Obras Públicas e Infraestrutura (Semopi), Caio Múcio, chegou a informar à TRIBUNA DO NORTE que os custos correspondentes apenas às ações que estão sendo realizadas para contenção da encosta do morro e criação de um sistema provisório de drenagem da chuva e do esgoto estavam estimados em aproximadamente R$ 6 milhões.

No entanto, ontem, dia 30, o titular da pasta, Tomaz Neto, esclareceu que houve uma redução nos custos. “A planilha correspondente às obras de resposta imediata foi fechada em R$ 4.255.007,92. Esse montante refere-se ao aterramento, lonamento, parede de geoforma flexível e instalação  dos sistemas de drenagem e esgotamento provisórios”, explicou.

Além das obras imediatas, o Município elaborou planilhas de parte das obras necessárias para reconstruir definitivamente o local destruído pelos deslizamentos de terra. Os documentos serão apresentados hoje, no MIN, por uma comitiva de representantes da Prefeitura. Além do prefeito Carlos Eduardo, o titular da Semopi e outros secretários vão participar de reunião com o ministro Francisco Teixeira. O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, também vai integrar a comitiva.

No fim da tarde de ontem, a Semopi ainda trabalhava na elaboração dos documentos que serão apresentados hoje em Brasília. O secretário e técnicos da pasta vão apresentar os custos e projetos das obras de emergência, escadaria, drenagem e pavimentação de Mãe Luiza. Essas três últimas intervenções estão orçadas em R$ 3,6 milhões.

Outros projetos ainda serão elaborados. “Faltam os custos e projetos da cortina atirantada, restabelecimento de energia elétrica, esgotamento e urbanização”, disse Tomaz Neto. “A falta desses projetos não vai atrapalhar a ida à Brasília”, acrescentou. Além dos custos com as intervenções urbanísticas, a Prefeitura estima em R$ 4,8 milhões os custos para construir 80 casas no local.

Elevador
O titular da Semopi disse ainda que o projeto da escadaria denominada “Ladeira da Guanabara” pode sofrer alteração. Uma arquiteta da secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb) questionou o secretário quanto à viabilidade da escadaria e apontou um outro possível equipamento público no local: um elevador. 

“A Semurb sugeriu essa solução alegando que a ladeira não seria acessível, mas ainda vamos analisar. Pessoalmente, não vejo a ideia do elevador como positiva. Ali é uma área de muita maresia o que resulta em uma manutenção cara desse elevador”, explicou Tomaz Neto.

Números
4 milhões é o valor gasto com as obras emergenciais para conter a erosão nas encostas da rua Guanabara.

3,6 milhões serão solicitados para construção de escadaria, drenagem e pavimentação.

R$ 4,8 milhões é o custo das obras para a reconstrução das moradias localizadas na área destruída pelos deslizamentos de terra.

Nenhum comentário: