sexta-feira, 4 de julho de 2014

Peritos investigam desabamento



Belo Horizonte (AE) - As causas do desabamento do viaduto Batalha dos Guararapes, na Avenida Pedro I, que matou duas pessoas e deixou outras 22 feridas na capital mineira, só serão conhecidas depois de um verdadeiro “conclave” de perícias. É que, além dos especialistas do Instituto Brasileiro de Avaliação e Perícias de Engenharia (Ibape) de Minas Gerais e do grupo técnico indicado pelo Conselho Regional de Engenharia (CREA), um terceiro laudo será produzido por peritos contratados pela Cowan, empresa que realizava a obra. As primeiras análises sinalizam que um afundamento de seis metros do pilar principal, após a retirada das escoras, pode ter causado o desabamento.
Wesley Rodrigues/ECAnálises preliminares feitas por especialistas em megaconstruções indicam afundamento do pilar principal do viaduto em construçãoAnálises preliminares feitas por especialistas em megaconstruções indicam afundamento do pilar principal do viaduto em construção

Enquanto funcionários que trabalhavam no local garantem que a obra seguia a toque de caixa, o secretário de obras da Prefeitura de Belo Horizonte (PMBH) e presidente da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), Lauro Nogueira, afirma que o viaduto não era uma obra da Copa do Mundo e, por isso mesmo, não havia pressa na sua entrega. Ele reconheceu descaso na fiscalização, mas enfatizou que a prefeitura é corresponsável pela queda de uma das alças do elevado. “A prefeitura tem responsabilidade, assim como a construtora e os técnicos contratos para a fiscalização”, disse.

A Polícia Civil do Estado de Minas Gerais informou que o inquérito policial destinado a apurar as circunstâncias que envolveram a queda do viaduto já está em andamento na 3ª Delegacia Regional de Venda Nova. Segundo a polícia, a primeira providência adotada pelo delegado regional Hugo e Silva foi acionar a perícia técnica e colher informações de pessoas que estavam no local. Foram realizados os trabalhos periciais, sem os quais os corpos não poderiam ser liberados para as providências de sepultamento.
 
 

Nenhum comentário: