terça-feira, 29 de julho de 2014

População condena nova tarifa de ônibus e é a favor de protestos sem violência em Natal

Foto: José Aldenir
Foto: José Aldenir
Marcelo Lima
marcelolimanatal@yahoo.com.br
Com a efetivação do reajuste da passagem de ônibus, um ato público da Revolta do Busão estava confirmado para iniciar no fim da tarde desta segunda-feira (28), às 17 horas, com concentração na parada do circular ao lado do shopping Via Direta. Muitos passageiros são favoráveis às manifestações de rua, desde que não se use métodos violentos.
É o exemplo do estudante Paulo Henrique da Silva, de 17 anos, que inclusive já participou de mobilizações em prol do transporte público em Natal. “Eu sou a favor, não tem nem o que discutir, sem violência e essas coisas. Esse aumento da passagem ficou um absurdo”, opinou.
Embora o reajuste pareça pouco, R$ 0,15, o valor acumulado no final do mês pode fazer falta no orçamento. “Vai ficar absurdo principalmente para o trabalhador também que paga inteira”, considerou o estudante. Paulo também desconfia do argumento dos empresários de ônibus que sustentam o “desequilíbrio econômico do sistema”.
A operadora de telemarketing Suzana Medeiros também é favorável a manifestações. “É um direito do cidadão. Só não precisa quebrar coisa que não tem nada a ver. A população tem que expressar sua insatisfação de alguma maneira”, defendeu. Para a trabalhadora, o serviço de transporte público é ruim e a cidade é pequena para a tarifa. “A passagem é cara e o serviço é um nada. E olhe que Natal é desse tamanho”, disse, fazendo um círculo com as pontas dos dedos. Apesar do apoio a protestos, ela nunca participou.
O aeroportuário Sedaiuqlem Lima da Costa, de 37 anos, foi da geração dos caras pintadas que pediram o impeachment do presidente Fernando Collor em 1992. Ele também apoia manifestações em favor do transporte público, mas é contrário à depredação de patrimônio. “Se for uma manifestação sadia sem violência, eu sou a favor. Com violência não leva a lugar nenhum”, argumentou. A nova tarifa em Natal “simplesmente não condiz com a qualidade do serviço”, classificou.

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