Brasília (AE) - Relatório preparado pela organização
de controle do tabagismo Campanha Crianças Livres do Tabaco (CTFK), e
lançado ontem no Brasil, mostra que cigarros estão mais viciantes e
perigosos. Feito a partir da análise de pesquisas científicas e de
documentos fornecidos pela indústria do tabaco, o trabalho afirma ser
mais fácil tornar-se dependente de cigarro do que de cocaína e de
heroína. A mudança, afirma o documento, é resultado de estratégia
adotada pelas companhias. Ao longo dos últimos 50 anos, assegura o
relatório, os produtos passaram a apresentar um teor maior de nicotina,
tiveram a inclusão em sua fórmula de amônia e açúcares, que aumentam seu
efeito e tornam a fumaça mais fácil de ser inalada.
O próprio formato do cigarro mudou: produtos passaram a trazer filtros com pequenos orifícios, muitas vezes imperceptíveis, que levam o fumante a aumentar o volume e a velocidade de aspiração. Alta engenharia, avalia o relatório, para aumentar a atratividade, facilitar o consumo e a dependência. “Nicotina e heroína apresentam mecanismos semelhantes para o desenvolvimento da dependência”, afirmou à reportagem um dos autores do relatório, o professor da Universidade da Califórnia David Burns. Ele observou, no entanto, que o número de experimentadores de cigarro que se tornam dependentes é maior do que os que entram em contato com a heroína pela primeira vez.
Documentos reunidos no relatório mostram que os teores de nicotina dos cigarros aumentaram 14,5% entre 1999 e 2011. Substância encontrada naturalmente na planta do tabaco, a nicotina, quando chega aos pulmões, é absorvida pela corrente sanguínea e em segundos é transportada para o cérebro. Os sintomas de abstinência surgem logo nas primeiras horas depois de parar de fumar.
Pesquisadores afirmam no trabalho que a amônia acrescentada ao tabaco aumenta a velocidade com que a nicotina chega ao cérebro e a sua absorção, o que torna a sensação de prazer mais rápida e mais intensa. A amônia também torna a fumaça do cigarro mais suave, o que facilita a sua inalação pelos pulmões.
Emanuel AmaralAditivos tornam fumaça mais fácil de inalar, aumentando níveis de nicotina no sangue e cérebro
O próprio formato do cigarro mudou: produtos passaram a trazer filtros com pequenos orifícios, muitas vezes imperceptíveis, que levam o fumante a aumentar o volume e a velocidade de aspiração. Alta engenharia, avalia o relatório, para aumentar a atratividade, facilitar o consumo e a dependência. “Nicotina e heroína apresentam mecanismos semelhantes para o desenvolvimento da dependência”, afirmou à reportagem um dos autores do relatório, o professor da Universidade da Califórnia David Burns. Ele observou, no entanto, que o número de experimentadores de cigarro que se tornam dependentes é maior do que os que entram em contato com a heroína pela primeira vez.
Documentos reunidos no relatório mostram que os teores de nicotina dos cigarros aumentaram 14,5% entre 1999 e 2011. Substância encontrada naturalmente na planta do tabaco, a nicotina, quando chega aos pulmões, é absorvida pela corrente sanguínea e em segundos é transportada para o cérebro. Os sintomas de abstinência surgem logo nas primeiras horas depois de parar de fumar.
Pesquisadores afirmam no trabalho que a amônia acrescentada ao tabaco aumenta a velocidade com que a nicotina chega ao cérebro e a sua absorção, o que torna a sensação de prazer mais rápida e mais intensa. A amônia também torna a fumaça do cigarro mais suave, o que facilita a sua inalação pelos pulmões.
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