Presídio de Parnamirim
(Foto de arquivo: Divulgação/Polícia Militar do RN)
Cinco detentos da Penitenciária Estadual de Parnamirim
(PEP) passaram mal na manhã desta quinta-feira (4) e precisaram ser
retirados da cela para serem medicados. Os presos da PEP, assim como de
outras sete unidades prisionais do Rio Grande do Norte, estão em greve de fome há 3 dias.(Foto de arquivo: Divulgação/Polícia Militar do RN)
"Eles estão em greve de fome há 3 dias e hoje alguns deles começaram a passar mal por causa da falta de alimentos. Eles foram retirados da cela e medicados", informou a direção da Penitenciária. Ainda de acordo com a direção, a PEP tem 500 apenados.
Segundo a Coordenadoria de Administração Penitenciária (Coape), aproximadamente 2.500 apenados do estado se recusam a receber alimentação desde a manhã da segunda-feira (1º). A informa que não recebeu nenhuma pauta de reivindicações que explique a razão de os presos estarem se negando a comer, muito menos de também estarem se recusando a receber visitas íntimas.
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A greve de fomeDetentos de oito unidades prisionais do estado estão em greve de fome desde o início da semana. Segundo levantamento feito pelo G1, com base nos dados repassados pela própria Coape e diretores dos presídios, estão em greve de fome os presos da Cadeia Pública e da Penitenciária Agrícola Dr. Mário Negócio, em Mossoró; Penitenciária Estadual de Alcaçuz e Presídio Rogério Coutinho Madruga, em Nísia Floresta; Penitenciária Estadual de Parnamirim (PEP); Cadeia Pública de Natal; Penitenciária Estadual do Seridó, em Caicó; e Centro de Detenção Provisória (CDP) de Ceará-Mirim. Juntas, as unidades possuem cerca de 2.500 apenados.
Segundo o juiz da vara de Execuções Penais, Henrique Baltazar, nesta quarta-feira cerca de 150 presos do Presídio Rogério Coutinho Madruga aceitaram alimentação, “demonstrando que a greve de fome está terminando”, disse. “No início da semana havia muita comida que foi levada pelos familiares no fim de semana. A maior parte já foi consumida nestes dias, o que também pode estar sendo um dos fatores a diminuir a força da mobilização dos presos”, ressaltou o juiz.
Entretanto, Baltazar revelou que alguns presos foram surpreendidos pela movimentação dos colegas e realmente passaram fome. “Alguns até desmaiaram nos pavilhões. Mas, ao serem socorridos, foram os primeiros a aceitar os alimentos oferecidos pelo sistema prisional. E muitos outros acompanharam", afirmou.
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