terça-feira, 2 de setembro de 2014

Alpargatas confirma fim das operações em Santo Antônio


A Alpargatas SA confirmou oficialmente à TRIBUNA DO NORTE o encerramento das atividades de sua unidade no município de Santo Antônio, situado a 70 km de Natal. Em nota, a empresa do setor calçadista declarou que a situação ocorreu “em virtude da adequação da produção às demandas do mercado”, mas não deu mais detalhes sobre o motivo do fechamento da fábrica. A Alpargatas também não informou se pretende manter em operação a única das três fábricas no Rio Grande do Norte que continua em operação. A unidade está localizada em Nova Cruz, a 98 km de Natal.
Júnior SantosUnidade da Alpargatas em Natal: fábrica fechou em 2012. A de Santo Antônio parou na última sextaUnidade da Alpargatas em Natal: fábrica fechou em 2012. A de Santo Antônio parou na última sexta

A empresa informou que “concedeu um pacote especial de desligamento e apoio na recolocação no mercado de trabalho” aos cerca de 200 profissionais que atuavam na fábrica.

Em reportagem publicada  domingo na TRIBUNA DO NORTE, a supervisora da unidade, Gina Helena de Oliveira Silva, 38, que trabalhou na fábrica por 20 anos, afirmou que os funcionários foram comunicados sobre o fechamento durante a troca de turnos, na tarde da sexta-feira passada. A produção foi encerrada às 14h.

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A fábrica produzia 4 mil pares de calçados esportivos por dia.  Os calçados eram costurados na unidade e enviados para a fábrica localizada em Santa Rita, na Paraíba, onde eram finalizados.

Conforme a supervisora, com as vendas em baixa, a empresa já acumula 2,5 milhões de pares dentro do armazém sem conseguir vender. Além disso, explicou Gina, no final do ano passado, 40 funcionários foram dispensados em Santo Antônio. Férias também foram concedidas a um turno completo de trabalhadores.

Esta é a segunda unidade da Alpargatas desativada no  RN em menos de três anos. No final de 2012, a unidade de Natal também fechou as portas. À época do fechamento na capital potiguar, a empresa informou que o motivo era a “otimização do processo produtivo”. As atividades foram transferidas para a Paraíba, em busca, segundo a empresa, de ganhos de produção e eficiência logística.

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