O Parlamento sul-coreano
iniciou na manhã desta terça-feira, 27, a discussão do texto que propõe a
aprovação da eutanásia no país. A proposta da Comissão de bioética
prevê que os médicos poderão interromper os tratamentos necessários aos
pacientes em estado terminal e vegetativo. De acordo com o texto
apresentado, aos doentes em estado vegetativo bastará um documento que
comprove o desejo de encerrar o tratamento. Os pacientes em estado
terminal deverão receber autorização dos familiares.
“A morte é
um processo natural, é um erro tentar acelerar o seu percurso. A
proposta de legalizar a eutanásia na Coreia do Sul não pode ir adiante. A
minha posição é a mesma de toda a Igreja, sou completamente contra”
afirmou em entrevista à agência Asia News o arcebispo de Seul, Dom
Andrew Yeom Soo-jung, comentando o projeto de lei em discussão.
Para
o arcebispo é contra a moral impor aos pacientes tratamentos médicos
que sejam danosos, mas ao mesmo tempo é inaceitável cessar os
tratamentos necessários em nome de outros interesses. “Este é um desejo
de acelerar a morte, que é um processo natural. A doutrina católica é
claríssima quanto a isso”, declarou o arcebispo.
Ao invés de se
discutir a eutanásia, conclui Dom Yeom, o governo deveria melhorar as
estruturas para os pacientes terminais, conscientizar sobre o processo
natural da morte, educar melhor os profissionais da saúde e sustentar
financeiramente os pacientes e seus familiares. Ainda segundo o
arcebispo, deveriam ser estabelecidas nos hospitais comissões éticas
para acompanhar os casos e não optar por uma abordagem negativa sobre a
vida humana.
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